terça-feira, 24 de abril de 2012

Professor não pode concorrer com a internet


Imagine, em um mundo sem internet, o dia em que professores são avisados que dali para frente uma ferramenta de pesquisa permitirá aos seus alunos ler, assistir, ouvir e discutir sobre qualquer assunto. Qual seria a reação dos educadores? Para especialistas, há muito motivo para comemorar: a chance de obter êxito no aprendizado aumenta. Na vida real, a recepção não foi bem assim. A falta de adaptação do professor às novas tecnologias e ao aluno influenciado por elas são tema do segundo dia da série especial do iG sobre os problemas na formação do docente.

Para especialistas, o apresentador de informações vai desaparecer, mas o educador que vai além delas é cada vez mais necessário.

Incluída ou não na aula, presente ou não na escola, a internet faz parte da rotina dos alunos. Em 2008, quando apenas 23% dos lares estavam conectados segundo o Ibope, o instituto já apontava que 60% dos estudantes tinham acesso à rede de algum modo. Em pesquisa realizada nas escolas estaduais do Rio de Janeiro em 2011, 92% disseram estar online ao menos uma vez ao dia.

“O professor pode escolher como tratar a internet, mas não pode ignorá-la”, diz o pesquisador emérito de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal do Sergipe, Bernard Charlot. Ele vê duas possibilidades para o educador: fazer o que a máquina não sabe ou ser substituído.
“Ninguém pode concorrer com o Google em termos de informação. O professor que ia à frente da sala apresentar um catálogo vai desaparecer em 20 anos e ser substituído por um monitor”, afirma sem titubear, emendando um alento: “Por outro lado, o professor que ensina a pesquisar, organizar, validar, resolver problemas, questionar e entender o sentido do mundo é cada vez mais necessário.”
O pesquisador defende que o aparente problema de falta de entrosamento com a tecnologia na verdade é a lente de aumento que a internet colocou sobre a falta de formação para a docência. “Não é que o professor não sabe ensinar a pesquisar na internet, é que ele não sabe ensinar a pesquisar. Muitas vezes é mais simples ainda: o professor não sabe como ensinar.”
Para ele, a culpa não é do profissional, mas do sistema engessado que além de não formá-lo não o deixa fazer diferente. “Não faz sentido começar um trabalho na internet e, depois de 50 minutos, dizer: a gente continua semana que vem. Assim como cada professor cuidar de uma disciplina, como se os assuntos não fossem relacionados, ou tratar de temas sem mostrar na prática para que servem na sociedade tornam a escola sem sentido.”
A doutora em linguística e especialista no impacto da tecnologia na aprendizagem Betina von Staa também culpa principalmente o sistema de ensino pela falta de aceitação da tecnologia. “Muitos professores não aceitam trabalhos digitados apenas para evitar cópias. A preocupação é maior com o controle de notas do que com as possibilidades de aprendizado”, lamenta.
Por: Cinthia Rodrigues, iG São Paulo |

terça-feira, 17 de abril de 2012

Smartphones devem ser usados como meio de pagamento até 2020

apud mobilepedia


SAN FRANCISCO, 17 Abr 2012 (AFP) -O uso de smartphones e tablets digitais como meios de pagamento associados ou substituindo o dinheiro e o cartão de crédito será comum em uma década, segundo uma pesquisa do Centro de Pesquisas Pew publicada nesta terça-feira nos Estados Unidos.

Sessenta e cinco por cento dos "interessados em tecnologia" que responderam à pesquisa realizada pelo Pew Research Center e pela Universidade Elon (Carolina do Norte, leste) concordam que esses dispositivos de bolso serão um meio de pagamento frequente em 2020.

"A data de 2020 pode ser um pouco otimista, mas estou certo de que isso acontecerá", disse o economista-chefe do Google, Hal Varian, em resposta à pesquisa.

"O que há em sua carteira agora? Documento de identidade, meios de pagamento e artigos pessoais", continuou. "Tudo isso pode estar facilmente em um dispositivo móvel e inevitavelmente estará".

O Google lançou no ano passado um serviço "Wallet" que permite que os telefones móveis mais sofisticados equipados com seu sistema operacional Android sejam utilizados como meio de pagamento em compras nas lojas.

Muitas das 1.021 pessoas pesquisadas disseram que a segurança e a comodidade estarão entre os fatores que farão as pessoas decidirem usar os telefones inteligentes ou tablets em substituição ao dinheiro e aos cartões de crédito.

Alguns dos que se mostraram otimistas sobre esse uso dos smartphones acreditam que essa tendência será prejudicada por temores em relação à privacidade, à falta de infraestrutura e à resistência das companhias de cartões de crédito e outras empresas que se beneficiam do sistema atual.

Quase nenhum dos pesquisados espera que o dinheiro ou os cartões de crédito desapareçam por completo, segundo Pew.

"Devido às preocupações acerca da tecnologia, a resistência dos fornecedores atuais e a natureza em geral lenta das mudanças, há um sentimento bastante consistente entre os especialistas de que os pagamentos móveis existirão em um espectro, junto com outras opções financeiras", disse Aaron Smith, um dos autores do estudo.

"De fato, alguns esperam que estes serviços sejam adotados mais rapidamente e de forma generalizada no mundo em desenvolvimento, devido à falta de um setor bancário forte e de hábitos de consumo arraigados".         

Link
http://www.agorams.com.br/jornal/2012/04/prefeito-abre-conferencia-da-pessoa-com-deficiencia/

Prefeito abre Conferência da Pessoa com Deficiência

 
O prefeito Murilo abriu na manhã desta terça-feira a III Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no auditório da Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados).
Prefeito Murilo durante abertura da conferência da pessoa com deficiência - Foto: A. Frota
Prefeito Murilo durante abertura da conferência da pessoa com deficiência - Foto: A. Frota
O evento aberto ao público reúne moradores, pais, universitários, voluntários e funcionários públicos que atuam na área de políticas públicas da pessoa com deficiência. O tema deste ano é “Um olhar através da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da ONU: novas perspectivas e desafios”.
Prestigiaram a abertura a vice-prefeita Dinaci Ranzi, a secretaria municipal de Assistência Social Ledi Ferla, o presidente da Câmara Idenor Machado, o vereador Albino Mendes e o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Ronaldo Ferreira Gomes.
O prefeito fez uma avaliação dos benefícios em favor das pessoas com deficiência, como inserção no mercado de trabalho e implantação de ônibus adaptado para as crianças que moram nos distritos.
Murilo chamou as pessoas com deficiência para também participarem dos cursos de qualificação profissional oferecidos pela prefeitura através do programa Qualifica Dourados. Ele lembra que atualmente as pessoas com deficiência têm assistência no município através de entidades, mas é preciso fazer mais.
Abertura da conferência da pessoa com deficiência foi na manhã desta terça-feira - Foto: A. Frota
Abertura da conferência da pessoa com deficiência foi na manhã desta terça-feira - Foto: A. Frota
Ele afirmou que a conferência é importante para discutir as políticas públicas, debater as necessidades e buscar resultados que possam solucionar os problemas de acessibilidade, inserção no mercado de trabalho, saúde, educação e lazer. “Estamos aqui para proporcionar políticas públicas que favoreçam a pessoa com deficiência para, que ela possa sonhar em ter um projeto de vida”, destacou o prefeito.
A conferência segue até às 17h30 desta terça. No final serão elaboradas propostas para serem levadas para a conferência estadual.
Um dos objetivos é avaliar a política da pessoa com deficiência e discutir, promover e reivindicar a efetivação das propostas da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada em 2006.
Estão sendo discutidos os eixos temáticos educação, esporte, trabalho e reabilitação profissional; acessibilidade, comunicação, transporte e moradia; saúde, prevenção, reabilitação, órteses e próteses; segurança, acesso à justiça, padrão de vida e proteção social adequados.

A internet e as mudanças nas estruturas cerebrais


A internet e as mudanças nas estruturas cerebrais



Apresença da internet tem alterado o comportamento das pessoas, sobretudo a forma como nos relacionamos por intermédio das redes sociais, como acessamos a informação via sistemas de busca, como disponibilizamos a informação através dos portais, etc. Esses comportamentos, em última análise, são processados por estruturas cerebrais.

Do ponto de vista neurobiológico, a assimilação desses conhecimentos é entendida como a “formação e consolidação das ligações entre células nervosas. É fruto de modificações químicas e estruturais no sistema nervoso de cada um, que exige energia e tempo para se manifestar” (Cosenza e Guerra, 2011, p. 38). O desafio que tem movido as pesquisas nessa área é descobrir quais alterações químicas e estruturas do cérebro estão mudando pelo fato de estarmos usando os recursos existentes na internet, ou seja, quais são as mudanças e que atividades provocam essas mudanças.

Crianças e adolescentes de até 18 anos são considerados privilegiados, com status de “nativos digitais” ou “geração net”, porque estão crescendo com a internet, o que lhes favorece a familiarização tanto com a linguagem digital quanto com as tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs). O fato de estarem constantemente cercados por vários dispositivos e serem capazes de simultaneamente ouvir o iPod, assistir à televisão, enviar e receber textos no twitter e navegar na internet tem gerado a opinião popular de que trabalham de maneira diferente e, por conseguinte, o seu cérebro é conectado de maneira diferente.

Estudos mostram que existe certo mito com relação ao comportamento desses indivíduos. Quando observados nessas situações de multitarefa, em 77% do tempo eles estão usando apenas um recurso de cada vez. Esse comportamento é menor do que o observado em adultos (Nielsen, 2009). O que os jovens podem estar fazendo é alternar com mais frequência entre os recursos existentes. Mas o que é diferente? Eles estão constantemente conectados via tecnologia móvel, de preferência usando o celular, que em termos demográficos pode ser considerado um artefato de mais ampla mudança no comportamento de uso das mídias.

Por meio dos dispositivos móveis, os usuários realizam diversas atividades. O local e o momento em que se encontra o corpo em determinado ambiente têm uma influência considerável na maneira como o usuário utiliza e processa a informação. Além disso, os dispositivos possibilitam interagir massivamente com muitas pessoas, via voz ou via mensagem escrita, imagem estática ou em movimento.

Segundo Trifonova e Ronchetti (2003), essas atividades não são diferentes daquelas que as pessoas já realizavam por meio das tecnologias fixas. No entanto, as tecnologias móveis diferem das tecnologias tradicionais, uma vez que permitem a contextualização da informação, ou seja, possibilitam o acesso à informação mais adequada à situação em que se encontra o usuário (no tempo e no espaço) e ao que ele está fazendo. Por exemplo, Sharples, Taylor e Vavoula (2007) propõem uma teoria que considera a aprendizagem para a era da mobilidade como processos de vir a conhecer por meio de conversações entre múltiplos contextos, as quais envolvem pessoas e tecnologias interativas.

Cabe salientar que esses recursos tecnológicos também são considerados linguagens (Santaella, 2007) que passam a influenciar o modo como pensamos e realizamos as coisas. Se as TDICs estão proporcionando mudanças verdadeiramente inovadoras na maneira como a informação está sendo acessada e processada, assim como na maneira como pensamos e realizamos nossas atividades, será que essas mudanças não estão provocando mudanças nas estruturas cerebrais que são responsáveis por tais ações?

Essa questão tem levado diversos pesquisadores a realizar estudos no sentido de entender se as mudanças cognitivas, emocionais e atitudinais decorrentes do uso das TDICs também estão provocando mudanças neurobiológicas no cérebro. Dois estudos recentes merecem ser mencionados. Um afirma que o acesso à informação on-line afeta a maneira como memorizamos a informação. Outro relaciona o tamanho das redes sociais on-line, como o Facebook, ao tamanho de algumas estruturas cerebrais.

Sparrow, Liu e Wegner (2011) realizaram quatro experimentos para investigar se a internet passou a fazer parte de um sistema de memória externo que é criado pela necessidade de ter acesso à informação. Por exemplo, uma das questões que esses pesquisadores investigaram foi a seguinte: no caso de ser perguntado se existe um país cuja bandeira tem uma única cor, os sujeitos da pesquisa pensaram primeiro em bandeiras ou em entrar na internet para encontrar a resposta? Os pesquisadores apresentaram frases declarativas e informaram os sujeitos de que algumas frases poderiam ser eliminadas e outras seriam armazenadas em um banco de dados. A intenção era investigar se o processo interno de codificação é incrementado com o local onde a informação é encontrada ou com a informação em si.

Os experimentos mostraram que, para as frases que seriam eliminadas, os sujeitos demonstraram maior tendência de lembrar a informação em si; para as frases que foram armazenadas externamente, os sujeitos lembraram o lugar onde elas poderiam ser acessadas. Além disso, quando as pessoas entendiam que a informação permanecia disponível (como no caso da internet), elas estavam mais propensas a lembrar o local onde achar a informação do que de lembrar os detalhes sobre a informação.

Esses resultados sugerem que existe um sistema adaptativo de memória que inclui o computador e as ferramentas de busca on-line como sistemas externos de memória que podem ser acessados quando for necessário. Os processos da memória humana estão adaptando-se ao advento dos novos sistemas de comunicação e computação à medida que estamos cada vez mais imersos em sistemas interconectados que lembram menos da informação em si do que do local em que a informação pode ser encontrada.

Os pesquisadores observaram que isso nos dá a vantagem de poder acessar uma vasta quantidade de informação, embora haja a desvantagem de termos de estar conectados o tempo todo. Por outro lado, esse comportamento não é tão diferente do que já fazíamos em outras eras, quando dependíamos de outras pessoas para lembrar certas informações ou de lápis e papel para registrar nossas ideias, tal como hoje dependemos da internet para acessar a informação.

O outro estudo, realizado por Kanai e colaboradores (2011), demonstra que o tamanho da rede social de um indivíduo está intimamente relacionado a estruturas cerebrais focais implicadas na cognição social. Esses pesquisadores basearam-se em uma constatação previamente conhecida: o tamanho e a complexidade de uma rede social no mundo real correlacionam-se especificamente com o volume de uma área do cérebro chamada amígdala. Porém, os estudos realizados não consideravam as redes sociais on-line, como o Facebook. A investigação consistiu em verificar se as funções cognitivas que dão suporte a grandes redes no Facebook correspondem às mesmas estruturas mentais que dão suporte às redes do mundo real.

Inicialmente, os pesquisadores usaram imagens de ressonância magnética para estudar o cérebro de 125 estudantes universitários, todos eles usuários ativos do Facebook. Esses estudantes tinham em média 300 amigos, sendo que os mais conectados tinham cerca de 1.000 amigos. Foram realizados quatro experimentos. O primeiro envolveu os 125 estudantes e mostrou que é possível prever variabilidade em quatro estruturas do cérebro, de acordo com o tamanho da rede no Facebook.

Analisando diferentes áreas do cérebro, descobriu-se uma forte ligação entre o número de amigos no Facebook e a quantidade de massa cinzenta (camada de células do cérebro em que ocorre processamento mental) no sulco temporal superior direito (STSD), no giro temporal médio esquerdo (GTME) e no córtex entorrinal direito (CED); e uma fraca, mas significativa, correlação entre o tamanho da rede no Facebook e a amígdala esquerda e a amígdala direita.

O segundo experimento consistiu em replicar os procedimentos do primeiro em outros 40 estudantes, sendo que o objetivo foi estudar especificamente as quatro áreas do cérebro que haviam sido identificadas no primeiro experimento. O terceiro experimento foi realizado para identificar a relação entre o número de amigos no Facebook e em redes no mundo real. Para isso, os estudantes do primeiro e do segundo experimentos responderam a um questionário que perguntava sobre o número de amigos no Facebook, o caderno de telefones, os convidados para festas de aniversário, etc. Finalmente, o quarto experimento cruzou dados dos três experimentos, procurando entender a especificidade dessas áreas com relação à rede on-line e à rede de amigos do mundo real.

De fato, os resultados do segundo experimento comprovaram os resultados do primeiro. E o terceiro e o quarto experimentos indicaram que, em um subgrupo formado por 65 dos estudantes envolvidos — os quais, além de ter um grande número de amigos no Facebook, tinham um pequeno número de amigos fora da rede virtual —, havia uma correlação significativa com STSD, GTME e CED e que a região da amígdala direita está envolvida com o número de amigos fora da rede virtual. Com isso, os pesquisadores concluíram que, embora o volume de massa cinzenta da amígdala também esteja relacionado a atividades cognitivas que envolvem as redes sociais de amigos, somente o tamanho da rede social no Facebook está associado às três regiões focais STSD, GTME e CED.

Os pesquisadores fazem duas ressalvas. A primeira é que o estudo foi realizado com estudantes universitários, que costumam estar bastante envolvidos com o uso de redes sociais, especificamente com as redes on-line. Contudo, é importante verificar se a mesma relação entre o tamanho da rede no Facebook e essas áreas do cérebro também existe em populações com outras idades ou com outros grupos demográficos. A segunda ressalva é que o fato de o estudo ter identificado essas áreas do cérebro não implica necessariamente que elas se desenvolveram à medida que o número de amigos no Facebook cresceu. É possível que pessoas que tenham essas áreas do cérebro mais desenvolvidas sejam mais propensas a ter mais amigos on-line.

Quais são a implicações desses resultados do ponto de vista educacional? Aparentemente muito poucas, se pensarmos que a educação está mais interessada no desenvolvimento cognitivo, emocional e inclusive atitudinal, e não nas estruturas anatômicas específicas do cérebro que processam essas informações. Porém, as mudanças que as TDIC estão propiciando e os primeiros resultados sobre mudanças neurológicas em estruturas cerebrais relacionadas ao uso das TDICs têm auxiliado no estreitamento das relações entre educação e neurociências. Por exemplo, foram publicados recentemente alguns livros relativos à aplicação das neurociências na educação (Cosenza e Guerra, 2011; Pântano e Zorzi, 2009).

Outro exemplo desse interesse é a criação de um grupo de trabalho pela The Royal Society da Inglaterra, dedicado ao estudo da relação entre neurociências e sociedade. Os resultados do segundo encontro desse grupo, denominado “Educação: o que o cérebro tem a ver com isso?”, foram publicados em fevereiro de 2011, tendo por objetivo demonstrar como as neurociências podem ajudar a transformar a educação, assim como as práticas médicas têm sido transformadas pelos conhecimentos da ciência. Nesse sentido, vale a pena que os pesquisadores brasileiros adotem procedimentos semelhantes aos dos pesquisadores da The Royal Society, de modo a estarem atentos às mudanças provocadas especialmente pelo uso das tecnologias móveis a fim de entender como as estruturas cerebrais estão continuamente se adaptando ao uso dessas tecnologias.

José Armando Valente


As pesquisas sobre mudanças neurológicas relacionadas com o uso das tecnologias digitais têm auxiliado a estreitar as relações entre educação e neurociências

Podcast

O podcast é uma nova alternativa usada para transmitir aúdio digital (geralmente em MP3.). É publicado atráves de podcasting na web e atualizado via RSS.




O "podcast" surge então como um novo recurso tecnológico, um canal de comunicação informal de grande utilidade, que permite a transmissão e distribuição de noticias, áudios, vídeos e informações diversas na internet, o que contribui para a disseminação da informação de maneira fácil, rápida e gratuita.

Hipermídia

Hipermídia juntamente com o hipertexto permite a interatividade online. Permite que na internet você seja capaz de lidar com textos, imagens, texturas da maneira escolhida. 






De acordo com Vicente Gosciola, hipermídia é “o conjunto de meios que permite acesso simultâneo a textos, imagens e sons de modo interativo e não linear, possibilitando fazer links entre elementos de mídia, controlar a própria navegação e, até, extrair textos, imagens e sons cuja seqüência constituirá uma versão pessoal desenvolvida pelo usuário”.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Hipertexto

                                                                        apud - Google

O termo hipertexto foi criado por Theodore Nelson, na década de sessenta, para denominar a forma de escrita/leitura não linear na informática, pelo sistema “Xanadu”. Até então a idéia de hipertextualidade havia sido apenas manifestada pelo matemático e físico Vannevar Bush através do dispositivo “Memex”.

O hipertexto está relacionado à evolução tecnológica, o computador passa a oferecer milhares de faces interativas, é uma forma de organização em rede. Ao acessarmos um ponto determinado de um hipertexto, conseqüentemente, outros que estão interligados também são acessados, no grau de interatividade que necessitamos.

O hipertexto é muito apropriado para a representação de informações no computador por dois motivos: permite subdividir um texto em trechos coerentes e relativamente curtos, facilitando a sua organização e compreensão; permite também fácil referência a outras partes do texto ou a outros textos, totalmente independentes, muitas vezes armazenados em locais distantes. Isto cria uma característica própria de leitura da informação que, após um curto processo de adaptação, passa a ser intuitivo para o usuário, que se refere a esta leitura como ``navegação''.

Ao navegar pela internet vamos encontrando endereços de sites, palavras sublinhadas, ícones piscando, e muitos outros atrativos que nos levam a clicar com o mouse e abrir diversas janelas, pois bem, este é o chamado efeito hipertextual no ciberespaço.

Link

Jogos ajudam a assimilar conteúdos e até a escolher profissão

Uma faculdade que propõe um teste vocacional diferente, em um ambiente virtual. Uma escola de inglês que, ao final das aulas, revisa o conteúdo com perguntas propostas por um computador. As duas situações apontam uma tendência na área da educação: mais do que uma simples ferramenta de diversão, os games têm se mostrado um importante aliado no processo de aprendizagem.
O foco em uma geração que já nasceu conectada foi o motivo que levou a Faculdade Pitágoras, de Belo Horizonte (MG), a pensar em uma nova maneira de aplicar o teste vocacional. Segundo o diretor regional e líder de inovação da Kroton Educacional, mantenedora da instituição, Sandro Bonás, os exames tradicionais eram repletos de perguntas formais, ministradas de maneira bastante convencional: em um calhamaço de páginas impressas. "Isso era muito chato. O aluno não se dedicava muito, o que podia refletir no resultado", diz. Para Bonás, o alto índice de evasão no período universitário está ligado, também, à opção pelo curso errado. "A escolha da carreira certa faz com que ele continue estudando", afirma.
Baseado na experiência em um ambiente virtual, o game Desafio Pitágoras 3D leva o usuário a ambientes que apontam interesses em determinadas áreas de atuação profissional. Bonás explica que, além das preferências sinalizadas pelo jogador, a velocidade de suas escolhas e o tempo que ele permanece em cada ambiente também são analisados. "Hoje, os jovens têm muita facilidade para lidar com tecnologia. Isso ajuda a trazer seus desejos mais profundos. No teste convencional, ele já vem meio viciado. No game, está se divertindo, não tem preocupação com as respostas", diz. O jogo utiliza uma câmera de infravermelho, que detecta os movimentos do jogador e proporciona a interação somente com gestos, sem segurar ou apertar qualquer mecanismo.
Utilizado em escolas, com alunos de ensino médio, e em feiras de profissões, o game chama a atenção por onde passa. "Quando vamos às escolas, os alunos fazem fila durante o intervalo. Eles têm ficado muito entusiasmados", garante. Bonás conta que, agora, a ideia é aprimorar o projeto, indicando não apenas uma área de atuação, mas também a profissão que mais se encaixa ao perfil do jogador. "Estamos procurando sair da sala de aula tradicional. O mundo tem mudado, mas a sala de aula é a mesma. Queremos que ela seja um ponto de encontro, mas que suas práticas continuem nos games e redes sociais. O futuro da educação está em interagir de maneira diferente", destaca.
Interatividade ganhou espaço nos últimos anos
As experiências com softwares educativos tiveram início entre o final da década de 1980 e o início da década de 1990. No entanto, segundo professora da área de Educação e tecnologia da Universidade do Estado da Bahia (UEB) Lynn Alves, os jogos utilizados nas décadas anteriores ficaram com estigma de enfadonhos. "Essa ênfase em jogos com características mais comerciais é dos anos 2000. Os jogos mais antigos estavam muito próximos à lógica de livros eletrônicos", explica. Para a professora, o baixo nível de interatividade era a principal causa da falta de interesse dos alunos.
De acordo com Lynn, hoje, o panorama é diferente. "Na Bahia, já temos alguns jogos desenvolvidos com base em características mais comerciais. Desenvolvemos trabalhos para a área de história, matemática, biologia e empreendedorismo. Algumas experiências já vêm se distanciando do que não interessa os jovens", destaca. Reforçar as possibilidade de interação e fazer com que o jogador se sinta parte da história são algumas das características de games que têm tido sucesso dentro das salas de aulas. "O conteúdo aparece dentro de uma narrativa que nem sempre está relacionada àquilo que se viu em sala de aula. Muitas vezes, tem muito mais a ver com uma narrativa cinematográfica do que com um livro didático", acrescenta.
Na rede de escolas de inglês Number One, professores aproximam os alunos do idioma ao propor atividades ligadas a jogos eletrônicos. Segundo a gerente de pesquisa e desenvolvimento do departamento pedagógico da instituição, Ana Regina Araújo, o uso de ferramentas multimídia ajuda explorar o conteúdo de outras maneiras. "O componente divertimento é importante tanto na fixação quanto na introdução de elementos novos da língua", diz. Segundo Ana, os games têm sido um ótimo meio de estimular os alunos.
Ana explica que, em atividades com crianças menores, os jogos não são tão dinâmicos - ainda assim, contribuem para o bom desempenho escolar. "Eles devem ligar situações a uma personagem, têm de clicar em pontos para formar um desenho, uma ideia ou uma cor. Tudo relacionado ao que estão aprendendo em aula", diz. No caso dos mais velhos, incentivar a competitividade é uma boa alternativa. Para isso, a turma é dividida em grupos e convocada a responder questões de múltipla escolha. O objetivo é revisar e fixar o conteúdo que está sendo trabalhado. "Eles prestam atenção na aula pois sabem que, ao final, participarão de um jogo. Eles querem ganhar, e essa competição estimula a aprendizagem, porque o aluno sabe que vai precisar daquele conteúdo", afirma.
Para a professora Lynn, estimular a competição é uma boa opção na hora de estimular os alunos. "Esse conceito, na adolescência, é bastante aflorado. A competição mobiliza bastante. Depende do objetivo de cada jogo, mas é normal encontrar jogos que enfatizem isso. O aluno quer ganhar, quer ter um escore maior que o outro, e isso pode, sim, trazer bons resultados", destaca. No Brasil, existem cursos superiores - tecnólogos e de graduação - que formam profissionais capacitados à criação de jogos. Nas aulas, os alunos aprendem técnicas para desenvolver e implantar jogos para diversas mídias. Entre os ramos de atuação, estão as áreas de programação, design, ilustração e modelagem em 3D.


terça-feira, 3 de abril de 2012

Para Maria das Graças - AbOrdaGeM PedAgÓGicA

apud - GoOglE

pOr: Paulo Mendes Campos


Quão OporTunO é se AveNturaR  naS dOcEs PalaVras deSte cRonIstA.
Inevitável não notar  a sólida lição que um livro tão trívial aos nossos dias, desvende o riquezas  sobre a vida.
Nossas particularidades são um mistério, Mas, deslumbrar como posso tratar o presente como Disse o ratinho: "Minha história é longa e triste!"
Devo salientar a possibilidade de muitas pessoas nascerem chorando, viverem reclamando e morrerem frustradas. Este é o melodrama de muitos, as cortinas se abrem e a dor ganha dimessões inevitáveis levando muitos ao desespero, como este probre ratinho. Podemos ouvir alguns dizerem, "Minha vida daria um romance."
Milagres acontecem com todos e em todos os momentos. mas os maiores são aqueles passam desapercebidos por nós, que no fundo, bem lá no fundo, nos fazem entender que no "bolso de nosso peito existe uma chave". Amei esta cronica. ela me faz refletir tanto, pensa-lá me faz sorrir como o Gato citado por Lewis Carrol.

Hábito de leitura cai no Brasil, revela pesquisa

Parcela de leitores passou de 55% para 50% da população entre 2007 e 2011. Até entre crianças e adolescentes, que leem por dever escolar, houve redução


Por: Nathalia Goulart


O brasileiro está lendo menos. É isso que revela a pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Ibope Inteligência. De acordo com o levantamento nacional, o número de brasileiros considerados leitores – aqueles que haviam lido ao menos uma obra nos três meses que antecederam a pesquisa – caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada), em 2007, para 88,2 milhões (50%), em 2011.

A redução da leitura foi medida até entre crianças e adolescentes, que leem por dever escolar. Em 2011, crianças com idades entre 5 e 10 anos leram 5,4 livros, ante 6,9 registrados no levantamento de 2007. O mesmo ocorreu entre os pré-adolescentes de 11 a 13 anos (6,9 ante 8,5) e entre adolescente de 14 a 17 (5,9 ante 6,6 livros).
Para Marina Carvalho, supervisora da Fundação Educar DPaschoal, que trabalha com programas de incentivo à leitura, uma das razões para a queda no hábito de leitura entre o público infanto-juvenil é a falta de estímulos vindos da família. “Se em casa as crianças não encontram pais leitores, reforça-se a ideia de que ler é uma obrigação escolar. Se existe uma queda no número de leitores adultos, isso se reflete no público infantil”, diz a especialista. “As crianças precisam estar expostas aos livros antes mesmo de aprender a ler. Assim, elas criam uma relação afetuosa com as publicações e encontram uma atividade que lhes dá prazer.”
O levantamento reforça um traço já conhecido entre os brasileiros: o vínculo entre leitura e escolaridade. Entre os entrevistados que estudam, o percentual de leitores é três vezes superior ao de não leitores (48% vs. 16%). Já entre aqueles que não estão na escola, a parcela de não leitores é cerca de 50% superior ao de leitores: 84% vs. 52%.
Outro indicador revela a queda do apreço do brasileiro pela leitura como hobby. Em 2007, ler era a quarta atividade mais apreciada no tempo livre; quatro anos depois, o hábito caiu para sétimo lugar. Antes, 36% declaravam enxergar a leitura como forma de lazer, parcela reduzida a 28%.
À frente dos livros, apareceram na sondagem assistir à TV (85% em 2011 vs. 77% em 2007), escutar música ou rádio (52% vs. 54%), descansar (51% vs. 50%), reunir-se com amigos e família (44% vs. 31%), assistir a vídeos/filmes em DVD (38% vs. 29%) e sair com amigos (34% vs. 33%). "No século XXI, o livro disputa o interesse dos cidadãos com uma série de entretenimentos que podem parecer mais sedutores. Ou despertamos o interesse pela leitura, ou perderemos a batalha", diz Christine Castilho Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo, que há 13 anos promove ações de incentivo a leitura.
Um levantamento recente do Ecofuturo revelou a influência das bibliotecas sobre os potenciais leitores. De acordo com o levantamento, estudantes de escolas próximas a bibliotecas comunitárias obtêm desempenho superior ao de alunos que frequentam regiões sem biblioteca. Nesses casos, o índice de aprovação chega a ser 156% superior, e a taxa de abandono cai até 46%. "Ainda temos uma desafio grande a ser enfrentado, já que grande parte das escolas da rede pública não contam com biblioteca." Uma lei aprovada em 2010 obriga todas as escolas a ter uma biblioteca até 2020. Na época, o movimento independente Todos Pela Educação estimou que, para cumprir com a exigência, o país teria de erguer 24 bibliotecas por dia.
A pesquisa Retrato da Leitura no Brasil foi realizada entre 11 de junho e 3 de julho de 2011 e ouviu 5.012 pessoas, com idade superior a 5 anos de idade, em 315 municípios. A margem de erro é de 1,4 ponto percentual.

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/habito-de-leitura-no-brasil-cai-ate-entre-criancas

Especialistas discutem o uso de tablets por crianças

EUA e Reino Unido: 15% dos menores entre 3 e 8 anos usam o iPad de seus pais e 9% possuem o seu próprio. Foto: Getty Images
EUA e Reino Unido: 15% dos menores entre 3 e 8 anos usam o iPad de seus pais e 9% possuem o seu próprio
 
Apresentados como uma revolução para a educação, os tablets eletrônicos estão cada vez mais presentes no cotidiano das crianças, embora os especialistas recomendem seu uso moderado para evitar problemas de conduta ou apredizagem. Segundo dados coletados no final de 2011 pela agência de marketing Kids Industries com 2,2 mil pais e crianças nos Estados Unidos e no Reino Unido, 15% dos menores entre três e oito anos utilizam o iPad de seus pais e 9% possuem o seu próprio; 20% deles têm o iPod Touch.

"É uma questão que surgiu nos últimos dois anos. Eles não conseguem tirá-los das mãos!", disse Warren Buckleitner, editor da publicação mensal na internet Children's Technology Review, ao falar dos tablets e de sua atração para as crianças, num debate sobre o tema organizado esta semana em Nova York.

O mesmo estudo da Kids Industries indica que 77% dos pais ouvidos acreditam que a experiência dos filhos com o tablet os ajudam a aprender a resolver problemas, além de contribuir para desenvolver um pensamento criativo. No entanto, a utilização deste tipo de artefato pelos pequenos desperta, ao mesmo tempo, temores de problemas como o autismo, o Transtorno por Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou a falta de concentração.

"Definitivamente trata-se de equilíbrio. É preciso ser muito cuidadoso porque pode-se provocar muita histeria", informou Rosemarie Truglio, vice-presidente e pesquisadora da Sesame Workshop, uma organização americana que cria programas de televisão para crianças. "Há uma excitação nos menores por utilizar um tablet. As crianças necessitam fazer experiências com essas coisas reais", acrescentou Truglio durante uma conferência intitulada "Cérebros de crianças e videogames", organizada pela New American Foundation.

Para Lisa Guernsey, diretora para a Iniciativa de Educação Prematura da New America Foundation, também é necessário "diferenciar entre causa e associação", na hora de falar do aparecimento de problemas de conduta ou aprendizagem e por a "culpa" nos artefatos eletrônicos.

Guernsey, autora de um livro sobre a influência das novas tecnologias nas crianças, destacou a necessidade de "estabelecer parâmetros" e tentar educar as crianças para que se autorregulem frente à avalanche de informações que aparecem ante seus olhos.

Nesse sentido, lembrou o chamado "vídeo déficit", segundo o qual a aprendizagem através de uma tela produz resultados inferiores ao "cara a cara" com outra pessoa, e pôs em destaque a importância da comunicação com a criança.
Na mesma sintonia, Rosemarie Truglio admitiu que estudos comprovaram "a necessidade de uma interação adulto-criança" na aprendizagem, e que "interativo não significa educativo". Já Annie Murphy Paul, autora do livro sobre a ciência da aprendizagem que será publicado em breve, afirmou que "o pânico não é bom" na hora de pensar em tablets eletrônicos e crianças, embora também advirta que ainda falta comprovar "o valor" destes artefatos para os menores.


"O cérebro está mudando todo o tempo, cada vez que aprendemos algo novo", relativizou esta jovem mãe e especialista, que controla estritamente o tempo que seus filhos passam com estes artefatos.
Em meio à explosão das vendas de tablets e o desenvolvimento de aplicativos para crianças - um lucrativo negócio -, uma das tentações mencionadas durante o debate é a de querer utilizar os tablets como babás eletrônicas.

"O iPad é uma estante de brinquedos. Pode ser muitas coisas", destacou Warren Buckleitner, sugerindo aos pais "confiar em seu instinto", levando em conta "as infinitas variáveis" na aprendizagem de uma criança.

Artigo em: Terra Tecnologia

Internet no Brasil

Reprodução


 

Desigualdades sociais dificultam inclusão digital

José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
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Relatório do IBGE sobre acesso à Internet no Brasil
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no dia 11 de dezembro de 2009, aponta que o número de brasileiros que acessam a internet aumentou 75,3% nos últimos três anos, mas que as desigualdades sociais ainda são obstáculo à inclusão digital no país.


Direto ao ponto: Ficha-resumo


Segundo essa pesquisa, 56,4 milhões de pessoas com idade de 10 anos ou mais acessaram a internet pelo menos uma vez em 2008. Em 2005, eram 31,9 milhões. Os avanços são positivos, pois o acesso a tecnologias é um importante fator de desenvolvimento. Porém, a pesquisa também mostra que pobreza e falta de escolaridade são entraves à democratização do acesso à internet.


A média de internautas brasileiros é superior à da América Latina (30,5%), mas inferior à encontrada em outros países, como Argentina (48,9%), Chile (50,4%), Colômbia (45,3%) e Uruguai (38,3%). Na Europa, a média de acesso é de 52%; e na América do Norte, de 74,2%, de acordo com o ranking da Internet World Stats. A média mundial é de 25,6%.


Estudantes

De acordo com a pesquisa do IBGE, o acesso à rede mundial de computadores cresce conforme aumenta o grau de escolaridade e de renda. No Brasil, entre as pessoas com 15 anos ou mais de estudo, 80,4% usavam a internet. Esse número decresce à medida que o tempo de estudo diminui, chegando a 7,2% entre aqueles com menos de quatro anos de instrução.


Em relação especificamente aos estudantes brasileiros, apesar do aumento registrado na pesquisa - de 35,7% em 2005, para 60,7% em 2008 -, 40% deles ainda não têm acesso à rede.


O mesmo acontece quando se leva em conta a renda por domicílio. A percentagem de usuários da internet entre o grupo cujo orçamento doméstico está na faixa dos cinco salários mínimos (R$ 2.325) é de 75,6% - contra 13% entre os internautas com rendimentos até um quarto do salário mínimo (R$ 116,25).


Jovens com idade entre 15 e 17 anos correspondem ao maior percentual de internautas (62,9%), e também representam o maior aumento em relação a 2005 (33,7%). Entre o grupo de 50 anos ou mais, somente 11,2% navegam na web.


A pesquisa reflete também as desigualdades entre as regiões do país. As regiões Sudeste (40,3%), Centro-Oeste (39,4%) e Sul (38,7%) apresentaram os maiores percentuais, enquanto o Norte (27,5%) e o Nordeste (25,1%), os menores. O Distrito Federal possui o maior índice de acesso, 56,1%, seguido por São Paulo (43,9%). Alagoas é o estado com menor percentual: 17,8%.


Lan houses

Uma importante constatação do levantamento, em relação ao anterior, feito em 2005, diz respeito às lan houses. Pela primeira vez, elas aparecem como o segundo lugar de onde mais se acessa a internet (35,2%), perdendo para o acesso doméstico (57,1%). Em 2005, o segundo lugar era ocupado pelo local de trabalho, que ficou em terceiro lugar em 2008 (31%). Contudo, nas regiões Norte e Nordeste, as lan houses já lideram o ranking de locais de acesso, com, respectivamente, 56,3% e 52,9%.


O estudo aponta que as lan houses - hoje, cerca de 100 mil em todo país - promovem a inclusão digital nas comunidades mais carentes, desempenhando uma função que, teoricamente, caberia aos governos. Em recente artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo (indicado abaixo), o jornalista Gilberto Dimenstein afirma que, a partir dessa constatação, as lan houses poderiam oferecer mais do que o simples acesso à web. "Um pequeno investimento poderia transformar esses locais em centros culturais e tecnológicos, com um custo muitíssimo menor do que colocar banda larga em cada casa", diz o articulista.


Outro dado que mudou nos últimos três anos foi a finalidade do acesso à internet. Em 2008, 83,2% das pessoas ouvidas pela pesquisa disseram que usam a rede para se comunicar com outras pessoas, o que pode demonstrar o avanço das redes sociais - Orkut, Facebook, Twitter etc. - e dos comunicadores instantâneos, como MSN e Skype. Em 2005, essa era a terceira maior finalidade declarada.


Educação e aprendizado, o principal motivo em 2005, caiu de 71,7% para 65,9% na pesquisa de 2008, passando a ocupar a terceira classificação. Em segundo lugar apareceu a opção do lazer (68,6%).


Banda larga

Já a conexão por banda larga praticamente dobrou em cinco anos, passando a primeiro lugar em forma de acesso. Em 2008, 80,3% das pessoas que acessaram a internet em casa o fizeram somente por banda larga, seguido por conexão discada (18%) e das duas formas (1,7%). Em 2005, a banda larga era a conexão de 41,2% das pessoas com acesso domiciliar.


A pesquisa do IBGE, no entanto, não diz nada sobre a qualidade dos serviços de banda larga prestados no país, que estão entre os mais lentos e caros do mundo. De acordo com um estudo da consultoria IDC, realizado a pedido da empresa Cisco, a maioria das conexões do país tem menos de 1 megabit por segundo (Mbps) de velocidade. Esse patamar sequer é considerado banda larga pela União Internacional de Telecomunicações (UIT). Em relação ao preço, o Brasil apresenta os mais altos valores cobrados, quando comparados a oito países. Na França, por exemplo, paga-se US$ 0,32 por 1 Mbps, enquanto o brasileiro gasta até US$ 22,27.


Falta de competição no mercado das empresas de telefonia, que oferecem o serviço, e impostos caros são as causas apontadas pelos especialistas para o alto custo e a baixa qualidade da banda larga no Brasil.


Mas qual a finalidade de se conhecer os hábitos do brasileiro em relação ao ciberespaço? Pesquisas desse tipo são importantes não apenas para que as empresas possam oferecer serviços e produtos melhores, mas também para que os governos saibam como devem orientar as políticas públicas de inclusão digital.

Direto ao ponto volta ao topo
O número de brasileiros que acessam a internet aumentou 75,3% nos últimos três anos, segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 56,4 milhões de pessoas, com idade de 10 anos ou mais, acessaram a internet pelo menos uma vez em 2008. Em 2005, eram 31,9 milhões.

Os avanços são positivos, mas o levantamento aponta que pobreza e falta de escolaridade são entraves à democratização do acesso à internet.

De acordo com a pesquisa do IBGE, o acesso à rede mundial de computadores cresce conforme aumenta o grau de escolaridade e de renda.

As principais novidades da pesquisa, em relação à de 2005, foram:

1. As lan houses são o segundo lugar de onde mais se conecta (35,2%), perdendo para o acesso doméstico (57,1%). Nas regiões Norte e Nordeste, elas lideram o ranking de locais de acesso.


2. Em 2008, 83,2% das pessoas ouvidas pela pesquisa disseram que usavam a rede para se comunicar com outras pessoas. Em 2005, esse era o terceiro maior motivo declarado.

3. A conexão por banda larga praticamente dobrou em cinco anos, passando a ocupar o primeiro lugar em forma de acesso.

Ciência e tecnologia dominará pauta da visita de Dilma aos EUA, diz Mercadante
 

       


                  BRASÍLIA, 3 Abr 2012 (AFP) -A presidente Dilma Rousseff dará ênfase aos acordos de ciência, tecnologia e inovação em sua visita aos Estados Unidos, em 9 de abril, na qual será recebida pelo colega, Barack Obama, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, nesta terça-feira.

"A agenda em Washington está muito marcada por essa discussão de ciência, tecnologia e inovação, as possibilidades de alianças e aprofundamento" das já existentes, declarou o titular da pasta em declarações a correspondentes estrangeiros.

O governo Dilma espera fortalecer especialmente seu programa "Ciência sem Fronteiras", através do qual prevê conceder, até 2015, cem mil bolsas a estudantes brasileiros nas melhores universidades de Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália, Bélgica, Coreia do Sul, entre outros.

Dilma se reunirá em 9 de abril com Obama na Casa Branca, após a visita que o presidente americano fez ao Brasil, pouco mais de um ano atrás.

A presidente também tem prevista uma palestra na Universidade de Harvard, em Boston, reunir-se com cientistas brasileiros de alto nível nos Estados Unidos e visitar o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

"Temos um grande interesse em aprofundar as relações em termnos de investimentos (americanos) no Brasil", disse Mercadante.

Os dois presidentes abordarão temas de interesse bilateral, regional e multilateral, frente à Cúpula das Américas na cidade colombiana de Cartagena, em 14 e 15 de abril, à qual assistirão Obama e Dilma, e da reunião do G20 (grupo de países ricos e emergentes), no México, em junho.