terça-feira, 12 de junho de 2012

Escola em Parelheiros não tem luz, vidros nem banheiro

http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u1103365.shtml

Por.Simei Morais
do Agora

A escola estadual Dona Prisciliana Duarte de Almeida, em Parelheiros (zona sul de SP), não tem banheiro masculino, portas e energia elétrica em várias salas nem vidros em muitas janelas. Mas sobram sujeira pelo pátio e esgoto a céu aberto vazando no portão de entrada.
Há uma semana, o banheiro feminino é o único disponível para os cerca de 900 alunos dos ensinos fundamental e médio, de manhã e à tarde da escola.
Segundo alunos e funcionários, após sucessivos problemas, os sanitários masculinos pifaram de vez. Agora, meninos e meninas se revezam no que está em funcionamento.
"Uma professora fica na porta e manda entrar cinco meninas. Quando elas saem, a gente entra", diz Leonardo, 15 anos, aluno do 9ª ano.
Há problema de iluminação em ao menos metade das 12 salas do colégio.
"Hoje [ontem] eu assisti a aula sem luz", afirmou Marcos, 16 anos, da 8ª série. Duas salas estão inutilizadas em função de um curto-circuito, segundo um funcionário.
Resposta
A Secretaria de Estado da Educação afirma que a escola Prisciliana Duarte de Almeida passará por reforma.
O início das obras está previsto para o segundo semestre. Entre os serviços que devem ser feitos estão a reforma de sanitários, cozinha e despensa, a substituição de pisos, a manutenção de instalações hidráulicas e elétricas, a pintura e a instalação de bebedouros.
A pasta diz ainda que afastou a diretora da escola e que vai apurar sua conduta. Supervisores foram ontem à unidade, que até o final da semana receberá reparos emergenciais.
A empresa da limpeza será advertida.
A pasta diz que o docente de matemática da 6ª série está em licença médica e tem sido substituído por professores eventuais.
"O conteúdo que não tiver sido ministrado será reposto", afirma a nota.

Número de crianças que trabalham no país é menor

http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/615292/?noticia=NUMERO+DE+CRIANCAS+QUE+TRABALHAM+NO+PAIS+E+MENOR





O trabalho infantil no Brasil diminuiu em termos gerais desde 2000, mas aumentou na faixa entre 10 e 13 anos de idade, de acordo com os resultados do Censo de 2010.

Os dados foram divulgados hoje, em solenidade do dia mundial de combate ao trabalho infantil, pelo FNPETI (Fórum Nacional para a Prevenção e Eliminação do Trabalho Infantil).
A ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) comemorou a redução e relacionou os resultados aos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. "O desafio agora é chegar nos núcleos mais duros de pobreza e do trabalho infantil, aquelas pessoas que não têm acesso às políticas governamentais", afirmou.
Já para a secretária-executiva do FNPETI, Isa Oliveira, a diminuição de 13% no trabalho de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos é insuficiente para uma década. Ela afirma que o índice representa uma redução no ritmo de eliminação do trabalho infantil no país.
Ela afirma que o aumento de 1,5% entre 10 a 13 anos, por sua vez, é preocupante porque a faixa etária corresponde aos anos anteriores à conclusão do ensino fundamental -o que provoca impacto sobre a aprendizagem, o abandono escolar e o não ingresso no ensino médio.
Em 2010, trabalhavam no país, de acordo com o Censo, cerca de 3,4 milhões de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos. Juntos, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul detêm metade desse total.
O maior percentual do país ficou com Santa Catarina: 18,9% das crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos do Estado trabalhavam em 2010.
Na faixa de 10 a 13 anos, o maior aumento registrado no país foi no Distrito Federal, com 179%. Renato Mendes, coordenador nacional do programa para a eliminação do trabalho infantil da OIT (Organização Internacional do Trabalho), apresenta duas explicações: a ausência de priorização de políticas públicas para essa faixa e a movimentação econômica do DF, com incremento dos setores de serviços, comércio e agricultura.
O Estado de São Paulo viu um aumento de 54% do trabalho na faixa de 10 a 13 anos. No Rio o aumento foi de 50%. A Bahia detém sozinha 11% do total nacional de trabalho infantil na faixa de 10 a 13 anos.
A região Nordeste, entretanto, foi a única que teve diminuição do trabalho infantil em todas as faixas etárias, em todos os estados, quando comparados os censos de 2000 e 2010.

Tolerância e novela

Uma das maiores dificuldades apontadas por especialistas para a erradicação do trabalho infantil é a tolerância da própria sociedade brasileira.
"O trabalho infantil é quase permitido pela sociedade quando falamos de crianças de baixa renda. É como se a sociedade dissesse: "é melhor estar trabalhando do que estar no crime ou na droga'. Como se a criança de baixa renda tivesse apenas essas duas opções, o trabalho ou o crime, como se ela tivesse nascido sem o direito de ser criança", afirma a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), da frente parlamentar contra o trabalho infantil.
Renato Mendes, da OIT, criticou a novela "Avenida Brasil", da Rede Globo, por mostrar o trabalho infantil em lixões com relativa normalidade. "Lixão não tem fantasia. A dramaticidade do lixão deve ser apresentada de forma nua e crua, não pode ser fantasiada. Não podemos colocar na cabeça das pessoas que lixão é oportunidade de vida. Não é nem para adultos, e muito menos para crianças", afirmou.

Escola mineira aplica provas do ensino médio via internet

    Foto: Terra Educação

A ideia da prova on-line surgiu a partir da constatação de que multinacionais e escritórios de advocacia faziam o primeiro processo seletivo para trainees via internet.

Em dia de prova, as salas do 1º e 2º ano do ensino médio do Colégio ICJ - Instituto Coração de Jesus, de Belo Horizonte, estão vazias. Em casa, os estudantes aguardam o horário marcado para conectar à internet, fazer login no site da instituição e responder de forma remota às questões objetivas.

Para diminuir o risco da cola, os professores calculam o número de questões para que haja, em média, um minuto e meio para resolver cada uma e não sobre tempo para consultar livros, outros sites ou mesmo algum amigo. "O tempo é pequeno, as respostas são complexas e não são rotineiras. Tem que ter assistido à aula e dominar as questões", afirma a diretora pedagógica Christina Fabel. A ansiedade causada pelo relógio a marcar os minutos restantes também é um fator que dificultaria a troca de respostas, segundo a diretora, motivo que impediria os colegas de fazerem a prova juntos: ajudar o outro implicaria perder tempo para realizar a sua própria prova.

A ideia da prova on-line surgiu a partir da constatação de que multinacionais e escritórios de advocacia faziam o primeiro processo seletivo para trainees via internet. "Por que não fazer isso na escola e preparar os alunos para o momento que virá depois? Se dá certo em grandes empresas, por que não ter coragem de fazer isso na escola?", questiona Christina.

Ela ressalta que o ICJ tem gráficos comparando as notas obtidas com o método tradicional e com o novo, mostrando que não houve diferença no desempenho escolar na mudança de plataforma. Por via das dúvidas, as provas feitas via internet não valem mais do que três ou quatro pontos, em uma média de 10.

Colocar os alunos em contato com as ferramentas da tecnologia é uma ótima iniciativa, defende a professora de Letras da UFMG e especialista em tecnologias na educação Carla Viana Coscarelli. "Incorporar o computador à sala de aula é uma medida interessante, pois insere os alunos na vida digital, o que vai ser cobrado mais tarde no mercado de trabalho, seja de uma secretária, de um professor ou de um engenheiro", afirma. Ela destaca que os jovens mantêm uma relação muito íntima com o computador e com a internet. Portanto, dissociar completamente o ensino dessas ferramentas pode colocar a escola em uma espécie de "universo paralelo".

No entanto, ela ressalva os riscos de trapaça dos alunos e diz que nenhuma instituição deve resumir o rendimento do estudante à simples emissão de notas e à imparcialidade de uma prova por computador. "Avaliação é um processo contínuo, para ver como o jovem interage, se tem dúvidas e se presta atenção na aula. Isso só o professor pode fazer", opina.

Link

Conteúdo do ano não é cumprido por professores - Educação - Notícia - VEJA.com

Conteúdo do ano não é cumprido por professores - Educação - Notícia - VEJA.com

terça-feira, 15 de maio de 2012

Professor não pode concorrer com a internet

Para especialistas, o apresentador de informações vai desaparecer, mas o educador que vai além delas é cada vez mais necessário.

Imagine, em um mundo sem internet, o dia em que professores são avisados que dali para frente uma ferramenta de pesquisa permitirá aos seus alunos ler, assistir, ouvir e discutir sobre qualquer assunto. Qual seria a reação dos educadores? Para especialistas, há muito motivo para comemorar: a chance de obter êxito no aprendizado aumenta. Na vida real, a recepção não foi bem assim. A falta de adaptação do professor às novas tecnologias e ao aluno influenciado por elas são tema do segundo dia da série especial do iG sobre os problemas na formação do docente. Incluída ou não na aula, presente ou não na escola, a internet faz parte da rotina dos alunos. Em 2008, quando apenas 23% dos lares estavam conectados segundo o Ibope, o instituto já apontava que 60% dos estudantes tinham acesso à rede de algum modo. Em pesquisa realizada nas escolas estaduais do Rio de Janeiro em 2011, 92% disseram estar online ao menos uma vez ao dia.

“O professor pode escolher como tratar a internet, mas não pode ignorá-la”, diz o pesquisador emérito de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal do Sergipe, Bernard Charlot. Ele vê duas possibilidades para o educador: fazer o que a máquina não sabe ou ser substituído.

Veja mais...

“Ninguém pode concorrer com o Google em termos de informação. O professor que ia à frente da sala apresentar um catálogo vai desaparecer em 20 anos e ser substituído por um monitor”, afirma sem titubear, emendando um alento: “Por outro lado, o professor que ensina a pesquisar, organizar, validar, resolver problemas, questionar e entender o sentido do mundo é cada vez mais necessário.”

O pesquisador defende que o aparente problema de falta de entrosamento com a tecnologia na verdade é a lente de aumento que a internet colocou sobre a falta de formação para a docência. “Não é que o professor não sabe ensinar a pesquisar na internet, é que ele não sabe ensinar a pesquisar. Muitas vezes é mais simples ainda: o professor não sabe como ensinar.”

Industria Cultural



O mundo vive num sistema econômico-político-cultural capitalista e o surgimento da sociedade capitalista transformou as manifestações culturais em produto. Este cenário desencadeou a formação da indústria cultural, que é o conjunto de empresas, instituições e redes de mídia que produzem, distribuem e transmitem conteúdo artístico – cultural com o objetivo de adquirir lucros.A heterogeneidade da indústria cultural brasileira é percebida não somente no grau de diversidade cultural e territorial de nosso país, mas por focar conteúdos de culturas estrangeiras em detrimento de nosso conteúdo nacional. Quando ocorre em nossas mídias uma exposição de nossos valores e identidades, há o abarcamento de interesse comercial que interfere no que deve ser mostrado para adquirir audiência.A produção da indústria cultural é direcionada para o retorno de lucros tendo como base padrões de imagem cultural pré – estabelecida e capazes de conquistar o interesse das massas sem trabalhar o caráter crítico do expectador. Para se manter e conquistar público , a produção cultural não objetiva somente a expressão artística , quando esta planejada sob pretensões profissionais.A expressão tendencial elaborada com elementos artísticos é incluída num produto cultural como forma de diferenciação. A indústria cultural assim como toda indústria está atenta a custos, distribuição e retorno de lucros.Um forte exemplo de indústria cultural é a televisão que apresenta pontos positivos em possuir ótima cobertura geográfica, penetração de público e variedade de conteúdo em vários horários, mas ao mesmo tempo apresenta conteúdos sensacionalistas e que escapam do consciente do expectador, cujo indivíduo possa vir a entrar em estado de alienação. Em outras mídias há o uso do termo “cult”, termo em inglês que significa obras com características específicas e com público direcionado e devoto.A arte em geral , as manifestações histórico – culturais e a identidade de uma região servem como inspiração e conteúdo de obra e produto cultural.Em suma a indústria cultural busca produzir algo que conquiste público e relevância comercial e se ramifique em produtos licenciados.Industria Cultural

Razão Instrumental



Os filósofos alemães, reunidos na escola de Frankfurt, descreveram a racionalidade ocidental como instrumentalização da razão.A razão instrumental nasce quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres humanos.Na medida em que razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento de dominação, poder e exploração.Essa razão para que não seja percebida, passa a ser sustentada pela ideologia cientificista, que, através da escola e dos meios de comunicação de massa, desemboca na mitologia cientificista.
A noção de razão instrumental nos permite compreender:
a) A transformação de uma ciência em ideologia e mito social, isto é, em senso comum cientificista;
b) Que a ideologia da ciência não se reduz à transformação de uma teoria científica em ideologia, mas encontra-se na própria ciência, quando esta é concebida como instrumento de dominação, controle e poder sobre a Natureza e a sociedade.
c) Que as idéias de progresso técnico e neutralidade científica pertencem ao campo da ideologia cientificista.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A INCLUSÃO DE COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Com o decorrer dos anos, observamos a tecnologia ganhar cada vez mais espaço no mundo. O uso dos computadores está presente no nosso cotidiano, ou seja, estão presentes nos supermercados, restaurantes, nas lojas, indústrias, mas infelismente não estão presente nas escolas. Os alunos necessitam dessa ferramenta, que é de grande valia para sua formação educacional, porque vemos a precisão de acompanhar essas evoluções, uma vez que as mesmas são de total importância para o progresso do indivíduo na sociedade.
As novas tecnologias surgiram para expandir e integrar o conhecimento de forma rápida e acessível a todos. Por isso devemos incluir, o computador em todas as aulas para que todos os alunos tenham acesso a essa ferramenta que possibilita a busca de novos conhecimentos. O educador precisa tornar o computador uma parte do ambiente natural da criança, é preciso que se crie novas formas de aprendizado, disseminação do conhecimento e especialmente, novas relações entre professor e aluno.
A internet tem colaborado fortemente para transformações nas áreas educacionais, como na leitura, na forma de escrever, na pesquisa e até como instrumento complementar na sala de aula, ou com estratégias de divulgar a informação.
O computador utilizado na educação infantil, é utilizado para brincar e aprender, além de fazer a criança pensar. Quando a criança usa um software, adequado a sua faixa etária, ela tem que pensar nos caminhos que irá escolher, pois cada escolha a levará para outros desafios, construindo seu próprio conhecimento.

COMO USAR A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO?

As tecnologias digitais na educação


A escola com o surgimento dessas novas tecnologias não pode isolar a criança do mundo em que vivem, pois é através da interação e da comunicação que a criança cria situações concretas e imaginárioas que contribuem para a construção de elementos próprios de seu contexto cultural.

As crianças que têm acesso as tecnologias, têm uma cultura que não consiste apenas em jogos e brincadeiras, mas também na utilização de meios tecnológicos, os quais lhes proporcionarão desenvolver habilidades e facilidades para resolver problemas e desenvolver projetos educacionais.
A partir disso, é necessário que pessoasa que compõem os setores educacionais saibam explorar esses novos recursos tecnológicos de maneira mais efetiva. pois para o uso dessas tecnologias não basta apenas saber clicar um botão, é preciso profissionais qualificados e bem preparadopos para que a interação entre tecnologia e aluno (criança) aconteça com eficiência.

Carro sem motorista do Google recebe licença nos EUA

A empresa foi a primeira a receber a licença para uso do carro
googlecar




Publicidade
Um carro que não precisa de motorista para ser guiado recebeu autorização do Estado americano de Nevada para ser utilizado nas ruas e estradas locais.
O primeiro modelo a receber a licença é o Toyota Prius, cujo sistema de navegação foi aperfeiçoado pela empresa de internet Google. A Google foi a primeira empresa a receber a licença para uso do carro.
A primeira viagem do automóvel deve acontecer em Las Vegas. A Google vem liderando no setor de tecnologia automotiva sem motoristas, mas outras companhias também estão buscando licenças para que seus veículos cheguem às estradas americanas.
Para orientar a navegação do carro, o veículo traz câmeras no teto, radares e um laser que o ajuda a 'ver' pedestres, ciclistas e os demais carros na estrada.
'Carros do futuro'
Os engenheiros da Google já testaram o carro nas ruas da Califórnia, inclusive na famosa ponte Golden Gate, em São Francisco. Nestes testes, o carro esteve sob supervisão de um motorista profissional, que estava pronto para assumir o comando do veículo caso ocorresse qualquer problema.
Segundo o engenheiro Sebastin Thrun, o carro percorreu 255 mil quilômetros nos testes. Apenas um incidente foi registrado: um carro dirigido por uma pessoa bateu de leve no veículo da Toyota e da Google em um sinal.
Para o diretor do Departamento de Veículos Motores do Estado de Nevada, Bruce Breslow, os veículos em teste atualmente são os 'carros do futuro'.
Por ora, apenas a Google recebeu licença, mas no futuro o governo estadual pretende emitir licenças a motoristas do Estado.
Uma nova legislação que trata do assunto - que entrou em vigor em março deste ano - afirma que o carro sem motoristas precisa ser supervisionado obrigatoriamente por duas pessoas - uma delas seria um motorista para casos de emergência e o outro monitoraria o computador de bordo.
A Califórnia pretende seguir o mesmo caminho.
'A grande maioria dos acidentes ocorre por erro humano', disse Alex Padilla, do Legislativo do Estado da Califórnia. 'Com o uso de computadores, sensores e outros sistemas, um veículo autônomo é capaz de analisar o ambiente de direção mais rapidamente e operar o veículo com maior segurança', afirmou.

Bactérias magnéticas podem ajudar a fabricar 'biocomputadores', dizem cientistas



Foto: Universidade de Leeds


Imãs produzidos por micro-organismos podem ser usados em discos rígidos
Bactérias magnéticas poderiam ser usadas na fabricação de computadores biológicos no futuro, segundo pesquisadores britânicos e japoneses.
Cientistas da University of Leeds, na Grã-Bretanha, e da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, no Japão, estão fazendo experimentos com micróbios que se alimentam de ferro.
Uma vez ingerido pelos micróbios, o ferro é transformado em pequenos ímãs, semelhantes aos que são encontrados em discos rígidos de computadores.
De acordo com os pesquisadores, a pesquisa, que foi divulgada na publicação científica Small, pode permitir a fabricação de discos rígidos muito mais rápidos.


Desafio em escala nano

As bactérias Magnetospirilllum magneticum, utilizadas na pesquisa, são micro-organismos naturalmente magnéticos, que costumam viver em ambientes aquáticos em regiões abaixo da superfície, onde o oxigênio é escasso.
Eles nadam para cima e para baixo, seguindo as linhas dos campos magnéticos da Terra e se alinhando aos campos magnéticos como as agulhas de uma bússola, em busca de suas concentrações preferidas de oxigênio.
Quando a bactéria ingere ferro, proteínas dentro de seu corpo interagem com o metal para produzir pequenos cristais do mineral magnetita, o mais magnético existente na Terra.
Após estudar a forma como estes micróbios coletam, formam e posicionam esses nanoímãs dentro de si próprios, os pesquisadores aplicaram o mesmo método fora da bactéria, "cultivando" ímãs que, eles esperam, poderiam ser usados no futuro para construir circuitos de discos rígidos.
"Estamos rapidamente chegando aos limites da manufatura eletrônica tradicional à medida que componentes ficam menores", disse a coordenadora da pesquisa, Sarah Staniland, da Universidade de Leeds.
"As máquinas que usamos tradicionalmente para construí-los são desajeitadas quando se trata de escalas tão pequenas. A natureza nos oferece a ferramenta perfeita para (resolver) esse problema", diz.


Fios Biológicos

Além de usar micro-organismos para produzir ímãs, os pesquisadores também conseguiram criar pequenos fios elétricos feitos de organismos vivos.
Eles criaram nanotubos feitos com membranas de células artificiais, cultivadas em um ambiente controlado, com a ajuda de uma proteína presente nas moléculas de gordura humanas.
A membrana é a "parede" biológica que separa o interior da célula do ambiente exterior.
Esses tubos poderiam, no futuro, ser usados como fios microscópicos produzidos por meio de engenharia genética, capazes de transferir informações - da mesma forma como as células fazem nos nossos corpos - dentro de um computador, explicou à BBC o cientista Masayoshi Tanaka, da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio.
"Esses fios biológicos podem ter resistência elétrica e transferir informação de um grupo de células dentro de um biocomputador para todas as outras células."
"Além de computadores, os fios poderiam até ser usados no futuro em cirurgias humanas porque, em teoria, são altamente biocompatíveis", afirmou o pesquisador.

Ministro: Arábia Saudita produz 10 milhões de barris/dia de petróleo


A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo, está produzindo cerca de 10 milhões de barris por dia (bpd) e armazenando 80 milhões de barris para satisfazer qualquer interrupção inesperada do abastecimento, disse nesta terça-feira o ministro do Petróleo saudita, Ali al-Naimi.


As preocupações sobre uma interrupção da oferta do Oriente Médio, devido a um aumento das tensões entre Ocidente e Irã sobre o programa nuclear de Teerã, levaram a uma alta de 20% nos preços do petróleo tipo Brent desde o início do ano, para US$ 128 em março. Desde então, os preços caíram, mas os elevados preços do petróleo ameaçam fazer descarrilar a frágil recuperação econômica global. Isso levou a Arábia Saudita, aliado chave dos Estados Unidos, a insistir várias vezes que os mercados estão bem abastecidos.

Apesar dos declínios recentes, Naimi disse durante uma viagem ao Japão que os preços estavam altos. Em resposta a perguntas sobre se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) precisava aumentar suas cotas de produção em uma reunião em 14 de junho, ele disse: "Eles vão ter que esperar pela reunião. Isso é algo que devemos discutir".


Com 10 milhões de barris diários, a produção da Arábia Saudita é a mesma que no mês passado, que foi o maior desde novembro, quando superou as máximas em várias décadas. O reino está pronto para recorrer à sua capacidade ociosa de 2,5 milhões de barris de petróleo por dia se necessário, acrescentou o ministro.


"Além de nossa capacidade de reserva de 2,5 milhões de barris por dia, temos armazenado, em tanques e oleodutos, cerca de 80 milhões de barris", disse Naimi. As declarações de Naimi colaboraram para pressionar os preços do petróleo nesta terça-feira.

http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201205081703_RTR_L1E8G897Q

Google Teria Violado Patentes da Oracle, Conforme Veredito Parcial

 



A Gigante dos Bancos de Dados, Comandada por Larry Ellison, Sai Vitoriosa em Processo Contra o Google


Esse julgamento teve início no dia 17 de abril deste ano, e durante o processo, a Oracle reuniu provas de que o Google não tinha nenhum direito de uso da estrutura e de elementos organizacionais do Java no Android. Devido a isso, a gigante dos bancos de dados pede cerca de US$ 1 bilhão em indenização. Em face disso, o Google argumenta que os códigos utilizados não podem ser considerados de propriedade intelectual da Oracle, alegando que linguagens de programação não são expressões fixas em código, mas sim estruturas que representam idéias.

Com o veredito parcial liberado, a Oracle Corporation sai vitoriosa nesse caso. Entretanto, como a questão sobre o "uso aceitável" permaneceu em aberto, a quantia indenizatória que a empresa reclamante vai receber do Google, deve ser reduzida. Inconformados, os advogados do Google tentam recorrer da decisão, com o intuito de anular esse julgamento.

http://under-linux.org/google-teria-violado-patentes-da-oracle-conforme-veredito-parcial-4814/

MIT e Harvard se associam em cursos gratuitos pela internet

A universidade Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ambas instituições acadêmicas de peso e frequentemente rivais, estão se dando as mãos em uma nova parceria para oferecer cursos online gratuitos.



As duas escolas, situadas uma perto da outra em Cambridge, no Estado norte-americano de Massachusetts, estão se associando em uma iniciativa chamada EDX apenas cinco meses depois de o MIT apresentar o MITx, seu sistema de ensino a distância que permite que os estudantes obtenham certificados finalizando trabalhos do curso a distância.

Campus da Universidadde de Harvard.

Tanto Harvard como o MIT reservaram 30 milhões de dólares para o projeto, que será supervisionado por um grupo sem fins lucrativos sediado em Cambridge. Anant Agarwal, que liderou o desenvolvimento do MITx e dirigiu o Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência da Computação do MIT, será o primeiro presidente do EDX.
O grupo planeja oferecer seus primeiros cursos no outono do Hemisfério Norte (primavera no Brasil) e espera que outras universidades entrem na parceria.
Fechando os olhos à antiga rivalidade das escolas na corrida por avanços acadêmicos e cortejando professores e estudantes, a presidente do MIT, Susan Hockfield, disse que eles também trabalham em conjunto. "Um dos segredos mais bem guardados é a profunda riqueza da colaboração entre Harvard e o MIT", disse ela em uma entrevista coletiva, do lado da presidente de Harvard, Drew Faust.
Histórico dos cursos online
A aprendizagem online tornou-se um tema polêmico da educação em várias escolas, incluindo no MIT, onde são oferecidos centenas de cursos online nos quais os estudantes trabalham com o material seguindo o próprio ritmo, mas não são avaliados. Agora, a tendência é oferecer aulas online nas quais os estudantes podem obter os certificados caso mostrem que dominam o assunto.
O MIT informou que 120 mil pessoas se inscreveram para o primeiro curso do tipo - Introdução aos Circuitos e à Eletrônica - aberto pelo MITx no começo deste ano. Na metade do curso, cerca de 20 mil ainda acompanhavam o curso ativamente.

Projeto usa aplicativo de celular para ajudar na alfabetização

Pessoas com mais de 15 anos que só sabem escrever o próprio nome estão se alfabetizando com ajuda de celulares inteligentes. Alunos ganham smartphones para fazer parte das atividades em um aplicativo.

Intuitivo e desenvolvido em forma de jogo, o programa mistura texto, imagens, sons e símbolos para facilitar o aprendizado de alunos do EJA, programa de educação para jovens e adultos.

Em sala de aula, quase tudo permanece igual: professor, livros, cadernos, lápis, borracha, giz e quadro negro continuam presentes. Mas, nos primeiros minutos da aula e em casa, as atividades são desenvolvidas no aparelho.

"É uma ferramenta a mais em sala", diz o professor Eleazar Silva, 28, que dá aulas para uma turma que participa do projeto em Itatiba, a 84 km de São Paulo. "A tecnologia é uma realidade nas nossas vidas e é uma coisa com que eles lidam no dia a dia."

O PROJETO

Cidade natal do idealizador do Palma (Programa de Alfabetização na Língua Materna), Itatiba é uma das sete cidades paulistas que testam o projeto -além dela, Pirassununga, Campinas, Araras, Franca, Santos e Ourinhos participam do projeto-piloto. São 260 alunos em 16 salas de aula do Estado.

O matemático José Luís Poli, 55, cofundador da Anhanguera Educacional, deixou a empresa em 2009 para se dedicar ao projeto e criou a IES2 (Inovação, Educação e Soluções Tecnológicas).

Ele conta que, quando trabalhava na Anhanguera, via que, nas aulas de alfabetização, todo mundo tinha celular. "Se eles não sabiam nem ler nem escrever, como sabiam usar aquele aparelho?"

"Foi aí que eu pensei: 'Se eu fizer um programa para rodar em celulares, é possível facilitar a alfabetização dessas pessoas'." Poli investiu, segundo seus próprios cálculos, R$ 500 mil só no primeiro ano. "Ao todo, já foram uns R$ 3 milhões."

Uma equipe de 23 profissionais --entre analistas, programadores designers e pedagogos-- desenvolveu o aplicativo. No primeiro ano, Poli pagou tudo do seu bolso. Em 2012, Vivo e Nokia entraram no projeto.

"Acreditamos que a tecnologia pode transformar o processo educativo", diz Gabriella Bighetti, diretora de programas sociais da Fundação Telefônica | Vivo. "Temos mais celulares que pessoas no país, e os smartphones estão ficando cada vez mais baratos. É questão de tempo para eles estarem na mão de todo mundo."

Maristela Guanais - 19.abr.12/Divulgação

"Eu me sinto mais independente com o celular", diz o operador de britagem José Benedito Marques, 33, de Itatiba. "No livro, a gente não sabe o resultado."

"Os alunos estão memorizando mais", diz a professora Cláudia Quirino dos Santos, 35, de Santos. Para ela, o abismo do analfabetismo convencional e digital pode ser vencido com a iniciativa. "É um salto de três décadas na vida dessas pessoas."

DEPOIMENTO: 'No domingo, antes da igreja, faço tarefa em vez de ver TV'

ANA REGINA DA SILVA BARONI

Eu nasci em Santos. Tenho 44 anos. Estudei até o primeiro ano e só sei escrever o meu nome. Tive de sair da escola para ajudar meus pais, que tiveram dez filhos. Tinha 13 e trabalhava em casa de família.

Eu tenho seis filhos. Meu marido morreu por causa de droga, e eu tive de criá-los sozinha. Todos moram comigo. Apesar de o pai ter morrido porque cheirava e injetava, graças a Deus nenhum dos meus filhos mexe com droga. Nem de sair eles gostam.

Eu faço faxina, mas meus filhos não me deixam mais trabalhar por causa da vista. Eu trabalho mesmo assim, de vez em quando. Eles pagam as contas da casa, mas eu ajudo nas compras com o dinheiro do Bolsa Família. A gente mora na casa que a minha sogra deixou quando morreu.

Já tentei aprender a ler uma vez, faz tempo, mas reclamaram no conselho tutelar. Disseram que eu abandonava meus filhos à noite em casa, só que eu estava na escola. Agora eu voltei, porque já está todo mundo grande.

Foi bom ganhar o celular na aula. Eu tenho um faz tempo, desde o ano passado. Mas eu só uso para fazer ligação. Deixo ele com a minha filha porque quase ninguém me liga.

Ganhei o celular na escola, mas parei de vir logo depois. Fiquei doente, com muita dor de cabeça. Fui atropelada, e meus óculos quebraram no acidente. Um carro me jogou no chão, e os óculos voaram longe. Foi em fevereiro, e até hoje estou com dor no ombro. Depois, minha irmã morreu. Estourou uma veia da cabeça dela enquanto ela estava dormindo.

Mas agora eu não vou parar, não. Vou aprender para ler a minha Bíblia e para ensinar a meus filhos como é bom estudar. Vai ser melhor ainda com o celular. Até no domingo, antes da igreja, eu faço tarefa em vez de ver TV.

Mesmo sem vir para a escola, fazia as tarefas. Quando voltei, a professora falou: "Você está de parabéns! Fez lição até no domingo".

Às vezes eu pego o celular em casa porque não tem nada para fazer. Prefiro mil vezes estudar sozinha. Eu acordo, limpo a casa, coloco todo mundo na escola e pego o celular. Estudo na cozinha.

Quem fez o celular está de parabéns. Mas podia ter para as crianças também, porque algumas têm dificuldade para aprender. Eu não tive problema. Só me ensinaram uma vez, e eu já aprendi.

Link

Projeto combina tecnologia e cultura local em escolas de SP



Três escolas paulistanas serão palco, a partir do dia 12, de uma iniciativa que busca utilizar as tecnologias e a cultura digital para melhorar a qualidade de vida das comunidades em que os centros de ensino estão inseridos. O projeto Acessa Legal, que a Fundação Telefônica|Vivo lança daqui a duas semanas, vai atender unidades da rede Acessa Escola, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.

As unidades escolares das diretorias de ensino da rede estadual Osasco, Sul 1 e Sul 2 foram as escolhidas, e cerca de 200 pessoas - 80% de alunos estagiários do Acessa Escola, além de educadores e universitários - vão fazer o intermédio entre salas de informática e a comunidade, usando a cultura local como fortalecedor da iniciativa. "O objetivo utilizar a tecnologia para contribuir para fortalecer o poder de atuação dos jovens em suas comunidades", resume a diretora de Programas Sociais da Fundação Telefônica|Vivo, Gabriella Bighetti, sobre o projeto piloto.

O Acessa Legal será executado e coordenado sob responsabilidade do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária.

Link

terça-feira, 24 de abril de 2012

Professor não pode concorrer com a internet


Imagine, em um mundo sem internet, o dia em que professores são avisados que dali para frente uma ferramenta de pesquisa permitirá aos seus alunos ler, assistir, ouvir e discutir sobre qualquer assunto. Qual seria a reação dos educadores? Para especialistas, há muito motivo para comemorar: a chance de obter êxito no aprendizado aumenta. Na vida real, a recepção não foi bem assim. A falta de adaptação do professor às novas tecnologias e ao aluno influenciado por elas são tema do segundo dia da série especial do iG sobre os problemas na formação do docente.

Para especialistas, o apresentador de informações vai desaparecer, mas o educador que vai além delas é cada vez mais necessário.

Incluída ou não na aula, presente ou não na escola, a internet faz parte da rotina dos alunos. Em 2008, quando apenas 23% dos lares estavam conectados segundo o Ibope, o instituto já apontava que 60% dos estudantes tinham acesso à rede de algum modo. Em pesquisa realizada nas escolas estaduais do Rio de Janeiro em 2011, 92% disseram estar online ao menos uma vez ao dia.

“O professor pode escolher como tratar a internet, mas não pode ignorá-la”, diz o pesquisador emérito de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal do Sergipe, Bernard Charlot. Ele vê duas possibilidades para o educador: fazer o que a máquina não sabe ou ser substituído.
“Ninguém pode concorrer com o Google em termos de informação. O professor que ia à frente da sala apresentar um catálogo vai desaparecer em 20 anos e ser substituído por um monitor”, afirma sem titubear, emendando um alento: “Por outro lado, o professor que ensina a pesquisar, organizar, validar, resolver problemas, questionar e entender o sentido do mundo é cada vez mais necessário.”
O pesquisador defende que o aparente problema de falta de entrosamento com a tecnologia na verdade é a lente de aumento que a internet colocou sobre a falta de formação para a docência. “Não é que o professor não sabe ensinar a pesquisar na internet, é que ele não sabe ensinar a pesquisar. Muitas vezes é mais simples ainda: o professor não sabe como ensinar.”
Para ele, a culpa não é do profissional, mas do sistema engessado que além de não formá-lo não o deixa fazer diferente. “Não faz sentido começar um trabalho na internet e, depois de 50 minutos, dizer: a gente continua semana que vem. Assim como cada professor cuidar de uma disciplina, como se os assuntos não fossem relacionados, ou tratar de temas sem mostrar na prática para que servem na sociedade tornam a escola sem sentido.”
A doutora em linguística e especialista no impacto da tecnologia na aprendizagem Betina von Staa também culpa principalmente o sistema de ensino pela falta de aceitação da tecnologia. “Muitos professores não aceitam trabalhos digitados apenas para evitar cópias. A preocupação é maior com o controle de notas do que com as possibilidades de aprendizado”, lamenta.
Por: Cinthia Rodrigues, iG São Paulo |

terça-feira, 17 de abril de 2012

Smartphones devem ser usados como meio de pagamento até 2020

apud mobilepedia


SAN FRANCISCO, 17 Abr 2012 (AFP) -O uso de smartphones e tablets digitais como meios de pagamento associados ou substituindo o dinheiro e o cartão de crédito será comum em uma década, segundo uma pesquisa do Centro de Pesquisas Pew publicada nesta terça-feira nos Estados Unidos.

Sessenta e cinco por cento dos "interessados em tecnologia" que responderam à pesquisa realizada pelo Pew Research Center e pela Universidade Elon (Carolina do Norte, leste) concordam que esses dispositivos de bolso serão um meio de pagamento frequente em 2020.

"A data de 2020 pode ser um pouco otimista, mas estou certo de que isso acontecerá", disse o economista-chefe do Google, Hal Varian, em resposta à pesquisa.

"O que há em sua carteira agora? Documento de identidade, meios de pagamento e artigos pessoais", continuou. "Tudo isso pode estar facilmente em um dispositivo móvel e inevitavelmente estará".

O Google lançou no ano passado um serviço "Wallet" que permite que os telefones móveis mais sofisticados equipados com seu sistema operacional Android sejam utilizados como meio de pagamento em compras nas lojas.

Muitas das 1.021 pessoas pesquisadas disseram que a segurança e a comodidade estarão entre os fatores que farão as pessoas decidirem usar os telefones inteligentes ou tablets em substituição ao dinheiro e aos cartões de crédito.

Alguns dos que se mostraram otimistas sobre esse uso dos smartphones acreditam que essa tendência será prejudicada por temores em relação à privacidade, à falta de infraestrutura e à resistência das companhias de cartões de crédito e outras empresas que se beneficiam do sistema atual.

Quase nenhum dos pesquisados espera que o dinheiro ou os cartões de crédito desapareçam por completo, segundo Pew.

"Devido às preocupações acerca da tecnologia, a resistência dos fornecedores atuais e a natureza em geral lenta das mudanças, há um sentimento bastante consistente entre os especialistas de que os pagamentos móveis existirão em um espectro, junto com outras opções financeiras", disse Aaron Smith, um dos autores do estudo.

"De fato, alguns esperam que estes serviços sejam adotados mais rapidamente e de forma generalizada no mundo em desenvolvimento, devido à falta de um setor bancário forte e de hábitos de consumo arraigados".         

Link
http://www.agorams.com.br/jornal/2012/04/prefeito-abre-conferencia-da-pessoa-com-deficiencia/

Prefeito abre Conferência da Pessoa com Deficiência

 
O prefeito Murilo abriu na manhã desta terça-feira a III Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no auditório da Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados).
Prefeito Murilo durante abertura da conferência da pessoa com deficiência - Foto: A. Frota
Prefeito Murilo durante abertura da conferência da pessoa com deficiência - Foto: A. Frota
O evento aberto ao público reúne moradores, pais, universitários, voluntários e funcionários públicos que atuam na área de políticas públicas da pessoa com deficiência. O tema deste ano é “Um olhar através da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da ONU: novas perspectivas e desafios”.
Prestigiaram a abertura a vice-prefeita Dinaci Ranzi, a secretaria municipal de Assistência Social Ledi Ferla, o presidente da Câmara Idenor Machado, o vereador Albino Mendes e o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Ronaldo Ferreira Gomes.
O prefeito fez uma avaliação dos benefícios em favor das pessoas com deficiência, como inserção no mercado de trabalho e implantação de ônibus adaptado para as crianças que moram nos distritos.
Murilo chamou as pessoas com deficiência para também participarem dos cursos de qualificação profissional oferecidos pela prefeitura através do programa Qualifica Dourados. Ele lembra que atualmente as pessoas com deficiência têm assistência no município através de entidades, mas é preciso fazer mais.
Abertura da conferência da pessoa com deficiência foi na manhã desta terça-feira - Foto: A. Frota
Abertura da conferência da pessoa com deficiência foi na manhã desta terça-feira - Foto: A. Frota
Ele afirmou que a conferência é importante para discutir as políticas públicas, debater as necessidades e buscar resultados que possam solucionar os problemas de acessibilidade, inserção no mercado de trabalho, saúde, educação e lazer. “Estamos aqui para proporcionar políticas públicas que favoreçam a pessoa com deficiência para, que ela possa sonhar em ter um projeto de vida”, destacou o prefeito.
A conferência segue até às 17h30 desta terça. No final serão elaboradas propostas para serem levadas para a conferência estadual.
Um dos objetivos é avaliar a política da pessoa com deficiência e discutir, promover e reivindicar a efetivação das propostas da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada em 2006.
Estão sendo discutidos os eixos temáticos educação, esporte, trabalho e reabilitação profissional; acessibilidade, comunicação, transporte e moradia; saúde, prevenção, reabilitação, órteses e próteses; segurança, acesso à justiça, padrão de vida e proteção social adequados.

A internet e as mudanças nas estruturas cerebrais


A internet e as mudanças nas estruturas cerebrais



Apresença da internet tem alterado o comportamento das pessoas, sobretudo a forma como nos relacionamos por intermédio das redes sociais, como acessamos a informação via sistemas de busca, como disponibilizamos a informação através dos portais, etc. Esses comportamentos, em última análise, são processados por estruturas cerebrais.

Do ponto de vista neurobiológico, a assimilação desses conhecimentos é entendida como a “formação e consolidação das ligações entre células nervosas. É fruto de modificações químicas e estruturais no sistema nervoso de cada um, que exige energia e tempo para se manifestar” (Cosenza e Guerra, 2011, p. 38). O desafio que tem movido as pesquisas nessa área é descobrir quais alterações químicas e estruturas do cérebro estão mudando pelo fato de estarmos usando os recursos existentes na internet, ou seja, quais são as mudanças e que atividades provocam essas mudanças.

Crianças e adolescentes de até 18 anos são considerados privilegiados, com status de “nativos digitais” ou “geração net”, porque estão crescendo com a internet, o que lhes favorece a familiarização tanto com a linguagem digital quanto com as tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs). O fato de estarem constantemente cercados por vários dispositivos e serem capazes de simultaneamente ouvir o iPod, assistir à televisão, enviar e receber textos no twitter e navegar na internet tem gerado a opinião popular de que trabalham de maneira diferente e, por conseguinte, o seu cérebro é conectado de maneira diferente.

Estudos mostram que existe certo mito com relação ao comportamento desses indivíduos. Quando observados nessas situações de multitarefa, em 77% do tempo eles estão usando apenas um recurso de cada vez. Esse comportamento é menor do que o observado em adultos (Nielsen, 2009). O que os jovens podem estar fazendo é alternar com mais frequência entre os recursos existentes. Mas o que é diferente? Eles estão constantemente conectados via tecnologia móvel, de preferência usando o celular, que em termos demográficos pode ser considerado um artefato de mais ampla mudança no comportamento de uso das mídias.

Por meio dos dispositivos móveis, os usuários realizam diversas atividades. O local e o momento em que se encontra o corpo em determinado ambiente têm uma influência considerável na maneira como o usuário utiliza e processa a informação. Além disso, os dispositivos possibilitam interagir massivamente com muitas pessoas, via voz ou via mensagem escrita, imagem estática ou em movimento.

Segundo Trifonova e Ronchetti (2003), essas atividades não são diferentes daquelas que as pessoas já realizavam por meio das tecnologias fixas. No entanto, as tecnologias móveis diferem das tecnologias tradicionais, uma vez que permitem a contextualização da informação, ou seja, possibilitam o acesso à informação mais adequada à situação em que se encontra o usuário (no tempo e no espaço) e ao que ele está fazendo. Por exemplo, Sharples, Taylor e Vavoula (2007) propõem uma teoria que considera a aprendizagem para a era da mobilidade como processos de vir a conhecer por meio de conversações entre múltiplos contextos, as quais envolvem pessoas e tecnologias interativas.

Cabe salientar que esses recursos tecnológicos também são considerados linguagens (Santaella, 2007) que passam a influenciar o modo como pensamos e realizamos as coisas. Se as TDICs estão proporcionando mudanças verdadeiramente inovadoras na maneira como a informação está sendo acessada e processada, assim como na maneira como pensamos e realizamos nossas atividades, será que essas mudanças não estão provocando mudanças nas estruturas cerebrais que são responsáveis por tais ações?

Essa questão tem levado diversos pesquisadores a realizar estudos no sentido de entender se as mudanças cognitivas, emocionais e atitudinais decorrentes do uso das TDICs também estão provocando mudanças neurobiológicas no cérebro. Dois estudos recentes merecem ser mencionados. Um afirma que o acesso à informação on-line afeta a maneira como memorizamos a informação. Outro relaciona o tamanho das redes sociais on-line, como o Facebook, ao tamanho de algumas estruturas cerebrais.

Sparrow, Liu e Wegner (2011) realizaram quatro experimentos para investigar se a internet passou a fazer parte de um sistema de memória externo que é criado pela necessidade de ter acesso à informação. Por exemplo, uma das questões que esses pesquisadores investigaram foi a seguinte: no caso de ser perguntado se existe um país cuja bandeira tem uma única cor, os sujeitos da pesquisa pensaram primeiro em bandeiras ou em entrar na internet para encontrar a resposta? Os pesquisadores apresentaram frases declarativas e informaram os sujeitos de que algumas frases poderiam ser eliminadas e outras seriam armazenadas em um banco de dados. A intenção era investigar se o processo interno de codificação é incrementado com o local onde a informação é encontrada ou com a informação em si.

Os experimentos mostraram que, para as frases que seriam eliminadas, os sujeitos demonstraram maior tendência de lembrar a informação em si; para as frases que foram armazenadas externamente, os sujeitos lembraram o lugar onde elas poderiam ser acessadas. Além disso, quando as pessoas entendiam que a informação permanecia disponível (como no caso da internet), elas estavam mais propensas a lembrar o local onde achar a informação do que de lembrar os detalhes sobre a informação.

Esses resultados sugerem que existe um sistema adaptativo de memória que inclui o computador e as ferramentas de busca on-line como sistemas externos de memória que podem ser acessados quando for necessário. Os processos da memória humana estão adaptando-se ao advento dos novos sistemas de comunicação e computação à medida que estamos cada vez mais imersos em sistemas interconectados que lembram menos da informação em si do que do local em que a informação pode ser encontrada.

Os pesquisadores observaram que isso nos dá a vantagem de poder acessar uma vasta quantidade de informação, embora haja a desvantagem de termos de estar conectados o tempo todo. Por outro lado, esse comportamento não é tão diferente do que já fazíamos em outras eras, quando dependíamos de outras pessoas para lembrar certas informações ou de lápis e papel para registrar nossas ideias, tal como hoje dependemos da internet para acessar a informação.

O outro estudo, realizado por Kanai e colaboradores (2011), demonstra que o tamanho da rede social de um indivíduo está intimamente relacionado a estruturas cerebrais focais implicadas na cognição social. Esses pesquisadores basearam-se em uma constatação previamente conhecida: o tamanho e a complexidade de uma rede social no mundo real correlacionam-se especificamente com o volume de uma área do cérebro chamada amígdala. Porém, os estudos realizados não consideravam as redes sociais on-line, como o Facebook. A investigação consistiu em verificar se as funções cognitivas que dão suporte a grandes redes no Facebook correspondem às mesmas estruturas mentais que dão suporte às redes do mundo real.

Inicialmente, os pesquisadores usaram imagens de ressonância magnética para estudar o cérebro de 125 estudantes universitários, todos eles usuários ativos do Facebook. Esses estudantes tinham em média 300 amigos, sendo que os mais conectados tinham cerca de 1.000 amigos. Foram realizados quatro experimentos. O primeiro envolveu os 125 estudantes e mostrou que é possível prever variabilidade em quatro estruturas do cérebro, de acordo com o tamanho da rede no Facebook.

Analisando diferentes áreas do cérebro, descobriu-se uma forte ligação entre o número de amigos no Facebook e a quantidade de massa cinzenta (camada de células do cérebro em que ocorre processamento mental) no sulco temporal superior direito (STSD), no giro temporal médio esquerdo (GTME) e no córtex entorrinal direito (CED); e uma fraca, mas significativa, correlação entre o tamanho da rede no Facebook e a amígdala esquerda e a amígdala direita.

O segundo experimento consistiu em replicar os procedimentos do primeiro em outros 40 estudantes, sendo que o objetivo foi estudar especificamente as quatro áreas do cérebro que haviam sido identificadas no primeiro experimento. O terceiro experimento foi realizado para identificar a relação entre o número de amigos no Facebook e em redes no mundo real. Para isso, os estudantes do primeiro e do segundo experimentos responderam a um questionário que perguntava sobre o número de amigos no Facebook, o caderno de telefones, os convidados para festas de aniversário, etc. Finalmente, o quarto experimento cruzou dados dos três experimentos, procurando entender a especificidade dessas áreas com relação à rede on-line e à rede de amigos do mundo real.

De fato, os resultados do segundo experimento comprovaram os resultados do primeiro. E o terceiro e o quarto experimentos indicaram que, em um subgrupo formado por 65 dos estudantes envolvidos — os quais, além de ter um grande número de amigos no Facebook, tinham um pequeno número de amigos fora da rede virtual —, havia uma correlação significativa com STSD, GTME e CED e que a região da amígdala direita está envolvida com o número de amigos fora da rede virtual. Com isso, os pesquisadores concluíram que, embora o volume de massa cinzenta da amígdala também esteja relacionado a atividades cognitivas que envolvem as redes sociais de amigos, somente o tamanho da rede social no Facebook está associado às três regiões focais STSD, GTME e CED.

Os pesquisadores fazem duas ressalvas. A primeira é que o estudo foi realizado com estudantes universitários, que costumam estar bastante envolvidos com o uso de redes sociais, especificamente com as redes on-line. Contudo, é importante verificar se a mesma relação entre o tamanho da rede no Facebook e essas áreas do cérebro também existe em populações com outras idades ou com outros grupos demográficos. A segunda ressalva é que o fato de o estudo ter identificado essas áreas do cérebro não implica necessariamente que elas se desenvolveram à medida que o número de amigos no Facebook cresceu. É possível que pessoas que tenham essas áreas do cérebro mais desenvolvidas sejam mais propensas a ter mais amigos on-line.

Quais são a implicações desses resultados do ponto de vista educacional? Aparentemente muito poucas, se pensarmos que a educação está mais interessada no desenvolvimento cognitivo, emocional e inclusive atitudinal, e não nas estruturas anatômicas específicas do cérebro que processam essas informações. Porém, as mudanças que as TDIC estão propiciando e os primeiros resultados sobre mudanças neurológicas em estruturas cerebrais relacionadas ao uso das TDICs têm auxiliado no estreitamento das relações entre educação e neurociências. Por exemplo, foram publicados recentemente alguns livros relativos à aplicação das neurociências na educação (Cosenza e Guerra, 2011; Pântano e Zorzi, 2009).

Outro exemplo desse interesse é a criação de um grupo de trabalho pela The Royal Society da Inglaterra, dedicado ao estudo da relação entre neurociências e sociedade. Os resultados do segundo encontro desse grupo, denominado “Educação: o que o cérebro tem a ver com isso?”, foram publicados em fevereiro de 2011, tendo por objetivo demonstrar como as neurociências podem ajudar a transformar a educação, assim como as práticas médicas têm sido transformadas pelos conhecimentos da ciência. Nesse sentido, vale a pena que os pesquisadores brasileiros adotem procedimentos semelhantes aos dos pesquisadores da The Royal Society, de modo a estarem atentos às mudanças provocadas especialmente pelo uso das tecnologias móveis a fim de entender como as estruturas cerebrais estão continuamente se adaptando ao uso dessas tecnologias.

José Armando Valente


As pesquisas sobre mudanças neurológicas relacionadas com o uso das tecnologias digitais têm auxiliado a estreitar as relações entre educação e neurociências

Podcast

O podcast é uma nova alternativa usada para transmitir aúdio digital (geralmente em MP3.). É publicado atráves de podcasting na web e atualizado via RSS.




O "podcast" surge então como um novo recurso tecnológico, um canal de comunicação informal de grande utilidade, que permite a transmissão e distribuição de noticias, áudios, vídeos e informações diversas na internet, o que contribui para a disseminação da informação de maneira fácil, rápida e gratuita.

Hipermídia

Hipermídia juntamente com o hipertexto permite a interatividade online. Permite que na internet você seja capaz de lidar com textos, imagens, texturas da maneira escolhida. 






De acordo com Vicente Gosciola, hipermídia é “o conjunto de meios que permite acesso simultâneo a textos, imagens e sons de modo interativo e não linear, possibilitando fazer links entre elementos de mídia, controlar a própria navegação e, até, extrair textos, imagens e sons cuja seqüência constituirá uma versão pessoal desenvolvida pelo usuário”.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Hipertexto

                                                                        apud - Google

O termo hipertexto foi criado por Theodore Nelson, na década de sessenta, para denominar a forma de escrita/leitura não linear na informática, pelo sistema “Xanadu”. Até então a idéia de hipertextualidade havia sido apenas manifestada pelo matemático e físico Vannevar Bush através do dispositivo “Memex”.

O hipertexto está relacionado à evolução tecnológica, o computador passa a oferecer milhares de faces interativas, é uma forma de organização em rede. Ao acessarmos um ponto determinado de um hipertexto, conseqüentemente, outros que estão interligados também são acessados, no grau de interatividade que necessitamos.

O hipertexto é muito apropriado para a representação de informações no computador por dois motivos: permite subdividir um texto em trechos coerentes e relativamente curtos, facilitando a sua organização e compreensão; permite também fácil referência a outras partes do texto ou a outros textos, totalmente independentes, muitas vezes armazenados em locais distantes. Isto cria uma característica própria de leitura da informação que, após um curto processo de adaptação, passa a ser intuitivo para o usuário, que se refere a esta leitura como ``navegação''.

Ao navegar pela internet vamos encontrando endereços de sites, palavras sublinhadas, ícones piscando, e muitos outros atrativos que nos levam a clicar com o mouse e abrir diversas janelas, pois bem, este é o chamado efeito hipertextual no ciberespaço.

Link

Jogos ajudam a assimilar conteúdos e até a escolher profissão

Uma faculdade que propõe um teste vocacional diferente, em um ambiente virtual. Uma escola de inglês que, ao final das aulas, revisa o conteúdo com perguntas propostas por um computador. As duas situações apontam uma tendência na área da educação: mais do que uma simples ferramenta de diversão, os games têm se mostrado um importante aliado no processo de aprendizagem.
O foco em uma geração que já nasceu conectada foi o motivo que levou a Faculdade Pitágoras, de Belo Horizonte (MG), a pensar em uma nova maneira de aplicar o teste vocacional. Segundo o diretor regional e líder de inovação da Kroton Educacional, mantenedora da instituição, Sandro Bonás, os exames tradicionais eram repletos de perguntas formais, ministradas de maneira bastante convencional: em um calhamaço de páginas impressas. "Isso era muito chato. O aluno não se dedicava muito, o que podia refletir no resultado", diz. Para Bonás, o alto índice de evasão no período universitário está ligado, também, à opção pelo curso errado. "A escolha da carreira certa faz com que ele continue estudando", afirma.
Baseado na experiência em um ambiente virtual, o game Desafio Pitágoras 3D leva o usuário a ambientes que apontam interesses em determinadas áreas de atuação profissional. Bonás explica que, além das preferências sinalizadas pelo jogador, a velocidade de suas escolhas e o tempo que ele permanece em cada ambiente também são analisados. "Hoje, os jovens têm muita facilidade para lidar com tecnologia. Isso ajuda a trazer seus desejos mais profundos. No teste convencional, ele já vem meio viciado. No game, está se divertindo, não tem preocupação com as respostas", diz. O jogo utiliza uma câmera de infravermelho, que detecta os movimentos do jogador e proporciona a interação somente com gestos, sem segurar ou apertar qualquer mecanismo.
Utilizado em escolas, com alunos de ensino médio, e em feiras de profissões, o game chama a atenção por onde passa. "Quando vamos às escolas, os alunos fazem fila durante o intervalo. Eles têm ficado muito entusiasmados", garante. Bonás conta que, agora, a ideia é aprimorar o projeto, indicando não apenas uma área de atuação, mas também a profissão que mais se encaixa ao perfil do jogador. "Estamos procurando sair da sala de aula tradicional. O mundo tem mudado, mas a sala de aula é a mesma. Queremos que ela seja um ponto de encontro, mas que suas práticas continuem nos games e redes sociais. O futuro da educação está em interagir de maneira diferente", destaca.
Interatividade ganhou espaço nos últimos anos
As experiências com softwares educativos tiveram início entre o final da década de 1980 e o início da década de 1990. No entanto, segundo professora da área de Educação e tecnologia da Universidade do Estado da Bahia (UEB) Lynn Alves, os jogos utilizados nas décadas anteriores ficaram com estigma de enfadonhos. "Essa ênfase em jogos com características mais comerciais é dos anos 2000. Os jogos mais antigos estavam muito próximos à lógica de livros eletrônicos", explica. Para a professora, o baixo nível de interatividade era a principal causa da falta de interesse dos alunos.
De acordo com Lynn, hoje, o panorama é diferente. "Na Bahia, já temos alguns jogos desenvolvidos com base em características mais comerciais. Desenvolvemos trabalhos para a área de história, matemática, biologia e empreendedorismo. Algumas experiências já vêm se distanciando do que não interessa os jovens", destaca. Reforçar as possibilidade de interação e fazer com que o jogador se sinta parte da história são algumas das características de games que têm tido sucesso dentro das salas de aulas. "O conteúdo aparece dentro de uma narrativa que nem sempre está relacionada àquilo que se viu em sala de aula. Muitas vezes, tem muito mais a ver com uma narrativa cinematográfica do que com um livro didático", acrescenta.
Na rede de escolas de inglês Number One, professores aproximam os alunos do idioma ao propor atividades ligadas a jogos eletrônicos. Segundo a gerente de pesquisa e desenvolvimento do departamento pedagógico da instituição, Ana Regina Araújo, o uso de ferramentas multimídia ajuda explorar o conteúdo de outras maneiras. "O componente divertimento é importante tanto na fixação quanto na introdução de elementos novos da língua", diz. Segundo Ana, os games têm sido um ótimo meio de estimular os alunos.
Ana explica que, em atividades com crianças menores, os jogos não são tão dinâmicos - ainda assim, contribuem para o bom desempenho escolar. "Eles devem ligar situações a uma personagem, têm de clicar em pontos para formar um desenho, uma ideia ou uma cor. Tudo relacionado ao que estão aprendendo em aula", diz. No caso dos mais velhos, incentivar a competitividade é uma boa alternativa. Para isso, a turma é dividida em grupos e convocada a responder questões de múltipla escolha. O objetivo é revisar e fixar o conteúdo que está sendo trabalhado. "Eles prestam atenção na aula pois sabem que, ao final, participarão de um jogo. Eles querem ganhar, e essa competição estimula a aprendizagem, porque o aluno sabe que vai precisar daquele conteúdo", afirma.
Para a professora Lynn, estimular a competição é uma boa opção na hora de estimular os alunos. "Esse conceito, na adolescência, é bastante aflorado. A competição mobiliza bastante. Depende do objetivo de cada jogo, mas é normal encontrar jogos que enfatizem isso. O aluno quer ganhar, quer ter um escore maior que o outro, e isso pode, sim, trazer bons resultados", destaca. No Brasil, existem cursos superiores - tecnólogos e de graduação - que formam profissionais capacitados à criação de jogos. Nas aulas, os alunos aprendem técnicas para desenvolver e implantar jogos para diversas mídias. Entre os ramos de atuação, estão as áreas de programação, design, ilustração e modelagem em 3D.