terça-feira, 12 de junho de 2012

Escola em Parelheiros não tem luz, vidros nem banheiro

http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u1103365.shtml

Por.Simei Morais
do Agora

A escola estadual Dona Prisciliana Duarte de Almeida, em Parelheiros (zona sul de SP), não tem banheiro masculino, portas e energia elétrica em várias salas nem vidros em muitas janelas. Mas sobram sujeira pelo pátio e esgoto a céu aberto vazando no portão de entrada.
Há uma semana, o banheiro feminino é o único disponível para os cerca de 900 alunos dos ensinos fundamental e médio, de manhã e à tarde da escola.
Segundo alunos e funcionários, após sucessivos problemas, os sanitários masculinos pifaram de vez. Agora, meninos e meninas se revezam no que está em funcionamento.
"Uma professora fica na porta e manda entrar cinco meninas. Quando elas saem, a gente entra", diz Leonardo, 15 anos, aluno do 9ª ano.
Há problema de iluminação em ao menos metade das 12 salas do colégio.
"Hoje [ontem] eu assisti a aula sem luz", afirmou Marcos, 16 anos, da 8ª série. Duas salas estão inutilizadas em função de um curto-circuito, segundo um funcionário.
Resposta
A Secretaria de Estado da Educação afirma que a escola Prisciliana Duarte de Almeida passará por reforma.
O início das obras está previsto para o segundo semestre. Entre os serviços que devem ser feitos estão a reforma de sanitários, cozinha e despensa, a substituição de pisos, a manutenção de instalações hidráulicas e elétricas, a pintura e a instalação de bebedouros.
A pasta diz ainda que afastou a diretora da escola e que vai apurar sua conduta. Supervisores foram ontem à unidade, que até o final da semana receberá reparos emergenciais.
A empresa da limpeza será advertida.
A pasta diz que o docente de matemática da 6ª série está em licença médica e tem sido substituído por professores eventuais.
"O conteúdo que não tiver sido ministrado será reposto", afirma a nota.

Número de crianças que trabalham no país é menor

http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/615292/?noticia=NUMERO+DE+CRIANCAS+QUE+TRABALHAM+NO+PAIS+E+MENOR





O trabalho infantil no Brasil diminuiu em termos gerais desde 2000, mas aumentou na faixa entre 10 e 13 anos de idade, de acordo com os resultados do Censo de 2010.

Os dados foram divulgados hoje, em solenidade do dia mundial de combate ao trabalho infantil, pelo FNPETI (Fórum Nacional para a Prevenção e Eliminação do Trabalho Infantil).
A ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) comemorou a redução e relacionou os resultados aos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. "O desafio agora é chegar nos núcleos mais duros de pobreza e do trabalho infantil, aquelas pessoas que não têm acesso às políticas governamentais", afirmou.
Já para a secretária-executiva do FNPETI, Isa Oliveira, a diminuição de 13% no trabalho de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos é insuficiente para uma década. Ela afirma que o índice representa uma redução no ritmo de eliminação do trabalho infantil no país.
Ela afirma que o aumento de 1,5% entre 10 a 13 anos, por sua vez, é preocupante porque a faixa etária corresponde aos anos anteriores à conclusão do ensino fundamental -o que provoca impacto sobre a aprendizagem, o abandono escolar e o não ingresso no ensino médio.
Em 2010, trabalhavam no país, de acordo com o Censo, cerca de 3,4 milhões de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos. Juntos, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul detêm metade desse total.
O maior percentual do país ficou com Santa Catarina: 18,9% das crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos do Estado trabalhavam em 2010.
Na faixa de 10 a 13 anos, o maior aumento registrado no país foi no Distrito Federal, com 179%. Renato Mendes, coordenador nacional do programa para a eliminação do trabalho infantil da OIT (Organização Internacional do Trabalho), apresenta duas explicações: a ausência de priorização de políticas públicas para essa faixa e a movimentação econômica do DF, com incremento dos setores de serviços, comércio e agricultura.
O Estado de São Paulo viu um aumento de 54% do trabalho na faixa de 10 a 13 anos. No Rio o aumento foi de 50%. A Bahia detém sozinha 11% do total nacional de trabalho infantil na faixa de 10 a 13 anos.
A região Nordeste, entretanto, foi a única que teve diminuição do trabalho infantil em todas as faixas etárias, em todos os estados, quando comparados os censos de 2000 e 2010.

Tolerância e novela

Uma das maiores dificuldades apontadas por especialistas para a erradicação do trabalho infantil é a tolerância da própria sociedade brasileira.
"O trabalho infantil é quase permitido pela sociedade quando falamos de crianças de baixa renda. É como se a sociedade dissesse: "é melhor estar trabalhando do que estar no crime ou na droga'. Como se a criança de baixa renda tivesse apenas essas duas opções, o trabalho ou o crime, como se ela tivesse nascido sem o direito de ser criança", afirma a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), da frente parlamentar contra o trabalho infantil.
Renato Mendes, da OIT, criticou a novela "Avenida Brasil", da Rede Globo, por mostrar o trabalho infantil em lixões com relativa normalidade. "Lixão não tem fantasia. A dramaticidade do lixão deve ser apresentada de forma nua e crua, não pode ser fantasiada. Não podemos colocar na cabeça das pessoas que lixão é oportunidade de vida. Não é nem para adultos, e muito menos para crianças", afirmou.

Escola mineira aplica provas do ensino médio via internet

    Foto: Terra Educação

A ideia da prova on-line surgiu a partir da constatação de que multinacionais e escritórios de advocacia faziam o primeiro processo seletivo para trainees via internet.

Em dia de prova, as salas do 1º e 2º ano do ensino médio do Colégio ICJ - Instituto Coração de Jesus, de Belo Horizonte, estão vazias. Em casa, os estudantes aguardam o horário marcado para conectar à internet, fazer login no site da instituição e responder de forma remota às questões objetivas.

Para diminuir o risco da cola, os professores calculam o número de questões para que haja, em média, um minuto e meio para resolver cada uma e não sobre tempo para consultar livros, outros sites ou mesmo algum amigo. "O tempo é pequeno, as respostas são complexas e não são rotineiras. Tem que ter assistido à aula e dominar as questões", afirma a diretora pedagógica Christina Fabel. A ansiedade causada pelo relógio a marcar os minutos restantes também é um fator que dificultaria a troca de respostas, segundo a diretora, motivo que impediria os colegas de fazerem a prova juntos: ajudar o outro implicaria perder tempo para realizar a sua própria prova.

A ideia da prova on-line surgiu a partir da constatação de que multinacionais e escritórios de advocacia faziam o primeiro processo seletivo para trainees via internet. "Por que não fazer isso na escola e preparar os alunos para o momento que virá depois? Se dá certo em grandes empresas, por que não ter coragem de fazer isso na escola?", questiona Christina.

Ela ressalta que o ICJ tem gráficos comparando as notas obtidas com o método tradicional e com o novo, mostrando que não houve diferença no desempenho escolar na mudança de plataforma. Por via das dúvidas, as provas feitas via internet não valem mais do que três ou quatro pontos, em uma média de 10.

Colocar os alunos em contato com as ferramentas da tecnologia é uma ótima iniciativa, defende a professora de Letras da UFMG e especialista em tecnologias na educação Carla Viana Coscarelli. "Incorporar o computador à sala de aula é uma medida interessante, pois insere os alunos na vida digital, o que vai ser cobrado mais tarde no mercado de trabalho, seja de uma secretária, de um professor ou de um engenheiro", afirma. Ela destaca que os jovens mantêm uma relação muito íntima com o computador e com a internet. Portanto, dissociar completamente o ensino dessas ferramentas pode colocar a escola em uma espécie de "universo paralelo".

No entanto, ela ressalva os riscos de trapaça dos alunos e diz que nenhuma instituição deve resumir o rendimento do estudante à simples emissão de notas e à imparcialidade de uma prova por computador. "Avaliação é um processo contínuo, para ver como o jovem interage, se tem dúvidas e se presta atenção na aula. Isso só o professor pode fazer", opina.

Link

Conteúdo do ano não é cumprido por professores - Educação - Notícia - VEJA.com

Conteúdo do ano não é cumprido por professores - Educação - Notícia - VEJA.com