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Por.Simei Morais
do Agora
A escola estadual Dona Prisciliana Duarte de Almeida, em Parelheiros (zona sul de SP), não tem banheiro masculino, portas e energia elétrica em várias salas nem vidros em muitas janelas. Mas sobram sujeira pelo pátio e esgoto a céu aberto vazando no portão de entrada.
Há uma semana, o banheiro feminino é o único disponível para os cerca de 900 alunos dos ensinos fundamental e médio, de manhã e à tarde da escola.
Segundo alunos e funcionários, após sucessivos problemas, os sanitários masculinos pifaram de vez. Agora, meninos e meninas se revezam no que está em funcionamento.
"Uma professora fica na porta e manda entrar cinco meninas. Quando elas saem, a gente entra", diz Leonardo, 15 anos, aluno do 9ª ano.
Há problema de iluminação em ao menos metade das 12 salas do colégio.
"Hoje [ontem] eu assisti a aula sem luz", afirmou Marcos, 16 anos, da 8ª série. Duas salas estão inutilizadas em função de um curto-circuito, segundo um funcionário.
Resposta
A Secretaria de Estado da Educação afirma que a escola Prisciliana Duarte de Almeida passará por reforma.
O início das obras está previsto para o segundo semestre. Entre os serviços que devem ser feitos estão a reforma de sanitários, cozinha e despensa, a substituição de pisos, a manutenção de instalações hidráulicas e elétricas, a pintura e a instalação de bebedouros.
A pasta diz ainda que afastou a diretora da escola e que vai apurar sua conduta. Supervisores foram ontem à unidade, que até o final da semana receberá reparos emergenciais.
A empresa da limpeza será advertida.
A pasta diz que o docente de matemática da 6ª série está em licença médica e tem sido substituído por professores eventuais.
"O conteúdo que não tiver sido ministrado será reposto", afirma a nota.
Bactérias magnéticas poderiam ser usadas na fabricação de computadores biológicos no futuro, segundo pesquisadores britânicos e japoneses.
Cientistas da University of Leeds, na Grã-Bretanha, e da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, no Japão, estão fazendo experimentos com micróbios que se alimentam de ferro.Uma vez ingerido pelos micróbios, o ferro é transformado em pequenos ímãs, semelhantes aos que são encontrados em discos rígidos de computadores.
De acordo com os pesquisadores, a pesquisa, que foi divulgada na publicação científica Small, pode permitir a fabricação de discos rígidos muito mais rápidos.
Desafio em escala nano
As bactérias Magnetospirilllum magneticum, utilizadas na pesquisa, são micro-organismos naturalmente magnéticos, que costumam viver em ambientes aquáticos em regiões abaixo da superfície, onde o oxigênio é escasso. Eles nadam para cima e para baixo, seguindo as linhas dos campos magnéticos da Terra e se alinhando aos campos magnéticos como as agulhas de uma bússola, em busca de suas concentrações preferidas de oxigênio.
Quando a bactéria ingere ferro, proteínas dentro de seu corpo interagem com o metal para produzir pequenos cristais do mineral magnetita, o mais magnético existente na Terra.
Após estudar a forma como estes micróbios coletam, formam e posicionam esses nanoímãs dentro de si próprios, os pesquisadores aplicaram o mesmo método fora da bactéria, "cultivando" ímãs que, eles esperam, poderiam ser usados no futuro para construir circuitos de discos rígidos.
"Estamos rapidamente chegando aos limites da manufatura eletrônica tradicional à medida que componentes ficam menores", disse a coordenadora da pesquisa, Sarah Staniland, da Universidade de Leeds.
"As máquinas que usamos tradicionalmente para construí-los são desajeitadas quando se trata de escalas tão pequenas. A natureza nos oferece a ferramenta perfeita para (resolver) esse problema", diz.
Fios Biológicos
Além de usar micro-organismos para produzir ímãs, os pesquisadores também conseguiram criar pequenos fios elétricos feitos de organismos vivos.Eles criaram nanotubos feitos com membranas de células artificiais, cultivadas em um ambiente controlado, com a ajuda de uma proteína presente nas moléculas de gordura humanas.
A membrana é a "parede" biológica que separa o interior da célula do ambiente exterior.
Esses tubos poderiam, no futuro, ser usados como fios microscópicos produzidos por meio de engenharia genética, capazes de transferir informações - da mesma forma como as células fazem nos nossos corpos - dentro de um computador, explicou à BBC o cientista Masayoshi Tanaka, da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio.
"Esses fios biológicos podem ter resistência elétrica e transferir informação de um grupo de células dentro de um biocomputador para todas as outras células."
"Além de computadores, os fios poderiam até ser usados no futuro em cirurgias humanas porque, em teoria, são altamente biocompatíveis", afirmou o pesquisador.