terça-feira, 13 de março de 2012

Seminário sobre: A pedagogia Hospitalar



“Cada vida um ensino,
   cada ensino mil vidas.”[1]



O termo pedagogia surgiu na Grécia Antiga.
A etimologia da palavra Pedagogo oriunda do grego, (paidós, “criança”; agogôs, “o que conduz”), este o Paidagogos, um escravo, que conduzia a criança até a escola, ensinava as lições e lhe dava diretrizes sobre boas maneiras. Neste caso, a pedagogia está ligada ao ato de conduzir a criança até o saber, seja esta por múltiplas formas e meios de conhecimento.
A procura de uma prática investigativa e reflexiva fez surgir à pedagogia como ciência, a fim de problematizar a educação. Tirando partido desta ciência temos seu teor prático e teórico, valendo-se de um apanhado de vários aspectos ligados à atividade humana em geral.

  I-Marco Histórico na Fundação da Escola Hospitalar e seu Desenvolvimento

A pedagogia Hospitalar surgiu primeiramente em paris no ano de 1935 quando Henri Sellier inaugurou a primeira escola para crianças, consideradas por ele, como inadaptadas.
  Seu exemplo foi seguido por países como a Alemanha e os Estados Unidos, visando suprir as necessidades educacionais de crianças com tuberculose.
Um ponto culminante na história é a Segunda Guerra Mundial 1939 a 1945, neste período uma grande porcentagem de crianças e adolescentes foram vítimas de bombas e minas, inaptos pela mutilação e flagelação de seus membros estes presos aos leitos, se tornavam impossibilitados de freqüentar a escola, fazendo com que os médicos se engajassem de forma resoluta ao processo educacional.  Em 1939 temos a criação, na França, do cargo de professor hospitalar junto ao Ministério da Educação.
 No Brasil, a primeira classe hospitalar foi criada no ano de 1950 mo Hospital Municipal de Jesus localizado no Rio de Janeiro.

II-O que é Pedagogia Hospitalar?

Sabe-se que a pedagogia tem várias vertentes e uma delas é a: pedagogia hospitalar.
Que tem como objetivo sanar as dificuldades de aprendizagem e oportunizar a aquisição de novos conhecimentos, priorizando a continuidade aos estudos enquanto estas se recuperam no leito.


II-A Prática Pedagógica

Logo, fica claro que o docente hospitalar busca não somente oferecer assessoria, mas atendimento emocional e humorístico, tanto para a criança que está em convalescença.
Mas, aos pais desta também, que sofrem pelo longo período de duração e permanência de sua criança no leito. Estes instigados por um sentimento de piedade e compaixão, podem causar graves problemas na socialização do enfermo, diante da total e completa dependência que se lhe impõe. Além disso, este encontrará certo atraso no desenvolvimento da personalidade, de suas potencialidades e capacidade de comunicação, oriundas pelas limitações impostas pelo ambiente.
Diante deste contraste o docente defenderá o hospital como um espaço de continuidade da educação, desenvolvimento humano e social, tratando cuidadosamente do estado emocional e afetivo dos pais e do decente de forma bem estrita.   
Existem dois procedimentos de escolaridade no hospital são estes: a Hospitalização Escolarizada e a Classe Hospitalar
Vale ressaltar que á um atendimento lúdico – terapêutico oferecido em brinquedotecas.
A hospitalização Escolarizada conta com um profissional qualificado e graduada em pedagogia que analisa e constrói para cada paciente, atividades compatíveis com as necessidades. Dessa forma, o paciente deve estar matriculado em alguma escola e receber atendimento de forma indidualizada com poucos momentos de interação entre os alunos.
Já a classe Hospitalar conta com este mesmo método apresentando uma única diferença de que as aulas são dadas em salas montadas dentro do hospital, bem estruturadas e com todos os pacientes aprendendo de forma coletiva.
A Brinquedoteca é constituída de um amplo espaço de lazer, montado nos hospitais para que os pacientes brinquem, relaxem e esqueçam o sofrimento promovido pelo tratamento.

III-Expectativas e Resultados

A doença e o período de internação constitui-se uma crise na vida da criança. Embora seja uma experiência traumática e estressante. Tem sido presenciado um avanço categórico por parte dos professores. Nesta confissão fica clara a experiência marcante de um docente: ”Quando fui dar atendimento a uma criança portadora de necessidade especial, ela não ouvia, não via e nem falava e a mãe dela falou que nem adiantaria. Mesmo assim insisti e pedi para tentar, a criança se batia, não via melhoras. Fiz minha parte, por mais que a criança não visse, nem ouvisse, sentia o contato com a pele, o carinho, o estímulo”.
O ambiente hospitalar tem se tornado mais humano, mais alegre. Por todo lado se vê e se sente a alegria das crianças quando é dia de atendimento. É de forma indubitável que não se reconheça o sucesso, a garra e a competência de tais profissionais.


Conclui-se que se exige um profissional criativo e responsável para atender uma demanda de hospitalizados de forma individualizada em suas mais diversas e variadas idades e condições de saúde sendo importante por parte do docente planejamento e atividades diárias a serem propostas, com a finalidade de melhores resultados possíveis.

Bibliografias:

www.uepg.br/revistaconexao/revista/edicao03/artigo11.pdf -Pedagogia hospitalar: A prática do pedagogo.

www.ufpe.br/...pedagogia/.../... Reflexão sobre a pedagogia hospitalar em alguns

História da Educação: Maria Lúcia de arruda Aranha. 1.ed. – São Paulo – Moderna, 1989. Pag. 40.


[1] Ribas, Emílio. Instituto de infectologia. Disponível em: < http://www.emilioribas.sp.gov.br >
.Acesso em: 21 fev. 2012.

2 comentários:

  1. A importancia da pedagogia hospitalar , em hospitais que tem crianças com cancer tem um trabalho maravilhoso , eu convivi em um hospital com meu irmão ele tinha leucemia enquando ele estava no hospital pedagogas trabalharam com ele e foi muito importante para ele no tempo que fico no hospital enternado , Acho que temos que tratar a pedagogia hospitalar como um dom , POIS TRABALHAMOS COM VIDAS QUE PRECISAM DE UMA ATENÇÃO MAIOR .!
    Thais Rodrigues

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